Bolsonaro, um irresponsável no Palácio do Planalto

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Tragédia e farsa: Bolsonaro desintegra-se.

Por Fábio Campos
fabiocampos@focuspoder.com.br

O parvo que ocupa a Presidência da República do Brasil mostra-se um desastre ambulante. Não se podia esperar algo diferente de quem exerceu por quase três décadas um mandato parlamentar medíocre. Tempos em que o então deputado federal, do baixíssimo clero, apenas exercitava suas taras autoritárias defendendo a ditadura e seus torturadores de estimação.

Essa conta já foi feita: em praticamente todas as votações importantes, incluindo a do Plano Real, os votos do deputado Bolsonaro foram iguaizinhos aos da nossa gloriosa esquerda. Coloquem nesse rol todos os votos a favor de corporações e grupos de pressão das mais variadas estirpes. Não esqueçam os votinhos contra toda e qualquer ideia favorável à privatização de nulidades estatais que custaram (e ainda custam) os olhos da cara de nosso povo.

Já são 14 pessoas da comitiva presidencial (da viagem aos EUA) que guardam em seus organismos a peste viral que nos assola. Conversei com um amigo nesses dias. – Seria o presidente apenas um lunático capaz de se dirigir aos populares mesmo com a possibilidade de levar ou trazer consigo o coronavírus, como fez no último domingo? Ou trata-se de um homem dotado de alguma capacidade de raciocínio lógico que age por método?

Bom, nunca o achei inteligente. Longe disso. Porém, vi método em alguns dos seus comportamentos. Um presidente da República que age seguidamente de maneira desastrada, beirando a repugnância e a irresponsabilidade, certamente está procurando sarna para se coçar. Procura um processo de impeachment? Talvez. Sim, essa é uma maneira de radicalizar os ânimos. Há sempre interesse nos polos em radicalizar os ânimos, não é mesmo? É clássico.

Jair Bolsonaro já cometeu crime de responsabilidade às pencas. Tentar levantar o povo contra o Congresso e contra o Poder Judiciário e, portanto, contra a democracia, é apenas o mais óbvio.

Nesse momento, todo a atenção é necessária. Deve-se esperar qualquer coisa de um homem que se acerca de doidos crentes de que o planeta terra é um imenso plano em vez da consagrada esfera. Rebaixar a ciência a um grau inferior é a manifestação das trevas.

O último lunático que esteve no poder no Brasil (esqueçam Dilma. Aquela senhora era apenas uma desastrada que nos impôs uma calamitosa recessão cujos efeitos perduram até hoje) foi Jânio Quadros. Entre um gole e outro, decidiu renunciar acreditando que os braços do povo o recolocariam novamente no poder. Deu no que deu. Mas, como diria um famoso pensador de esquerda, “a história se repete! a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.

De Marx, é o que me resumo a citar. Nessas horas, gosto de me apegar ao velho Winston Churchill, o líder bem dotado de ironias que também gostava de uns goles misturados a um bom charuto e foi fundamental para impedir o império nazi-facista no mundo: “A democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais”. Simples e definitiva.

E não venham com a conversa mole: – Ahh, agora pelo menos não tem corrupção. Bom, quanto a isso não tenho certeza, mas tenho certeza de que isso não passa de uma elementar obrigação de todo governante.

Saibam, caros leitores, um presidente que se preze, mesmo que não fosse um luminar, estaria 24 horas ligado nos acontecimentos, cercado de cientistas e assessores de envergadura. Todos em um comitê de alto nível para tomar as atitudes que o País e sua imensa população tanto esperam.

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