O fato: Em votação simbólica e sem votos nominais, a Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou nesta terça-feira (12) um aumento de 37% nos salários dos parlamentares municipais. A “votação-relâmpago” durou apenas 23 segundos e teve 7 votos contrários e uma abstenção. Com o reajuste, os vencimentos dos vereadores passarão de R$ 18.991,68 para R$ 24.754,79 a partir da próxima legislatura, em fevereiro de 2025.
Justificativa da Câmara: Em nota, a assessoria da Câmara informou que o último reajuste havia sido aprovado em dezembro de 2016 e que, desde então, não houve correções salariais. O aumento atual ficou abaixo da inflação acumulada de 47,34% entre janeiro de 2017 e outubro de 2024 e respeita o teto constitucional, de 75% do subsídio dos deputados estaduais.
Sanção e origem do projeto: O reajuste não depende da sanção do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pois foi proposto pela Mesa Diretora da Câmara, presidida pelo vereador Milton Leite (União Brasil). O projeto recebeu pareceres favoráveis das comissões de Constituição e Justiça, de Administração Pública e de Finanças e Orçamento.
Votos contrários: A oposição ao aumento foi liderada principalmente pelo PSOL, com os vereadores Celso Giannazi, Elaine do Quillombo Periférico, Luana Alves, Professor Toninho Vespoli e Silvia da Bancada Feminista. Além deles, Fernando Holiday (PL) e Jussara Basso (PSB) também votaram contra o reajuste.