Com voto de Ciro, Decisão do PDT é um convite para Cid Gomes e seu grupo deixarem o partido

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Ivo ao lado de Cid Gomes: a saga política dos dois irmãos daqui por diante pode representar uma caminhada sem Ciro.

7 a 0? Uma goleada desta envegadura contra o senador Cid Gomes merece leituras. Primeiro, não é exatamente uma surpresa. Afinal, a executiva do PDT é completamente controlada pelo que sobra da velha guarda do partido fundado por Leonel de Moura Brizola.

São os casos, por exemplo, de Carlos Lupe e André Figueiredo, além do ex-ministro do Trabalho, Manoel Dias. Outros são menos conhecidos, mas há até uma neta de Brizola (Juliana) entre seus componentes.

E advinhem quem também compõe a executiva nacional do PDT? Ciro Gomes. Sim, Ciro participou virtualmente da reunião da Executiva e, sim, votou pela intervenção no Ceará. Pelo visto, “traição” se responde com “traição”.

Na prática, a decisão é um claro aviso para Cid e seu grupo. E, no fim das contas, o aviso é o seguinte: “a porta da rua é serventia da casa”. Na prática, foram Cid e os membros cidistas do diretório estadual os destituídos pela decisão nacional. André e uns poucos ligados a Ciro, RC e a José Sarto é que vão comandar o partido no Ceará.

Pelo humor do PDT nacional, não adianta manter a reunião que havia sido convocada pela maioria com o objetivo de estabelecr um novo comando no Ceará ligado a Cid (o poprio poderia ser). Se o fizerem, já está calro que o comando nacional vai anular.

Evidentemente, tudo pode mudar, mas o provável é que as coisas só se resolvam de vez quando os cidistas deixarem o partido. Afinal, a cisma já dura quase um ano. Foi em 18 de julho do ano passado que uma convenção pedetista decidiu pela candidatura de RC ao Governo em detrimento da então governadora Izolda Cela.

A opção que o grupo de Ciro e RC está fazendo é clara: garantir a candidatura do partido em Fortaleza, mesmo que para isso perca um senador, deputados federais, deputados estaduais e dezenas de prefeitos.

É uma aposta na reeleição de Sarto. É uma aposta na recuperação da popularidade do prefeito. É uma aposta que Sarto vai ao segundo turno e ganha a eleição contra um opositor de alta rejeição, seja ele Luizianne Lins ou Capitão Wagner. A respeito da questão de Fortaleza envolvendo o PDT, leia esse artigo de Ricardo Alcântara.

Trata-se de uma aposta de grande risco político. Afinal, não há certezas na política. Não há certezas quanto ao sucesso eleitoral de Sarto. mas há uma certeza a preço de hoje: a baixa aderência popular do prefeito e sua gestão.

Há outra certeza que se evidencia: o PDT do Ceará sem a liderança de Cid ficará bem menor. Se perder Fortaleza, vai quase desaparecer.

O jogo ainda está sendo jogado.

 

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