Pesquisar
Pesquisar
Close this search box.

“COVID vai deixar marcas indeléveis na nossa sociedade”, desabafa Dr. Cabeto

COMPARTILHE A NOTÍCIA

Secretário estadual, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Dr Cabeto). | Foto: Divulgação

Equipe Focus.Jor
focus@focuspoder.com.br

O secretário de Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, falou acerca da situação da COVID-19. Em tom de desabafo, escreveu um texto em suas redes sociais sobre a situação do coronavírus, a forma como teremos de repensar o futuro, a relação entre saúde e economia, além do sofrimento causado pela doença antes de triunfarmos.

“O COVID vai deixar marcas indeléveis a nossa sociedade! Vai expor as feridas como outrora aconteceu em outras tragédias. Permitam-me, a cada palavra que escrevo sinto a marca dos que se foram, dos meus pais e avós. É como se a saudade apertasse de novo, a dor e a solidariedade com a nossa história se confundem”, destacou o titular da Sesa.

Ele também traçou uma relação da crise no campo da saúde com a economia. “Algumas de nossas empresas, grandes e pequenas já sofriam com a transição de modelos econômicos e de desenvolvimento do mundo atual. É bem verdade que o dinheiro muda de mão”, disse.

Abaixo, o texto do secretário de Saúde do Ceará, Dr. Cabeto

“Meus amigos,

Hoje vou fugir ao hábito! Vou me permitir algo mais direto, com emoção intensa, e sem a força da racionalidade. Não se trata de apelo ou mesmo de pedido de apoio. É apenas uma reflexão que, humildemente permito-me expor a vocês. Não se trata de um ato público ou político. Não exerço, nesse instante que escrevo, a função de médico ou de secretário. Assim como vários de vocês exerço a função de amigo, pai e esposo. Assim que gostaria de esclarecer.

A COVID vai deixar marcas indeléveis a nossa sociedade! Vai expor as feridas como outrora aconteceu em outras tragédias. Permitam-me, a cada palavra que escrevo sinto a marca dos que se foram, dos meus pais e avós. É como se a saudade apertasse de novo, a dor e a solidariedade com a nossa história se confundem.

Vai expor a transição de uma era que já nos obrigava a mudanças no status quo. Na saúde obrigará mudanças na economia, na distribuição dos recursos públicos e privados. Seremos, finalmente, obrigados a restabelecer valores ao trabalho humano e a hierarquia de prioridades, que inequivocamente protege aos mais frágeis. Seremos mais conscientes do meu, do seu, e daremos possibilidade ao nosso, de forma objetiva na escolha da aplicação dos recursos e na análise dos modelos econômicos vigentes e suas contradições.

Aproveitaremos a ciência para entender o passado e guiar o futuro, para nos desprover de preconceitos e falsos testemunhos. Entenderemos o ato de cuidar e suas relações com a história do sofrimento humano. Pois, se assim não for, seremos somente expectadores do passar e não compreender, não entenderemos essa transição, que crise após crise nos é exposta. Acho que repensaremos o modelo das cidades, não somente por entender, mas por perceber que essa exclusão geográfica e social terá um preço alto! Entenderemos que a crise não se deve somente ao COVID .

Pois, algumas de nossas empresas, grandes e pequenas já sofriam com a transição de modelos econômicos e de desenvolvimento do mundo atual. É bem verdade que o dinheiro muda de mão. Difícil mesmo é entender que a Amazon sozinha tem mais valor de mercado que quatro das maiores indústrias automobilísticas. E mais, como usar democracia e as relações diplomáticas para reduzir as feridas. Vivemos uma guerra, sem duvida, mas não é só do COVID .

A guerra sempre representa a exaustão dos sistemas e suas adaptações. O sofrimento é óbvio, arrasta-se nas disparidades, expõe se pelo medo, pelo bloqueio das fronteiras, pela forma como tratamos a imigração. Não temos outra opção que não seja ceder, quedar ao sacrifício para restabelecer as vidas, ou até mesmo reduzir essa passagem. Não sei quanto durará. Será maior que a quarentena e menor que a eternidade. A escolha tem parte nossa, o preço está posto.

Desculpem-me a franqueza. Trata-se somente de uma forma bem pessoal, que agora me permito.  Não é um desabafo, e a percepção da angústia do passado e a possibilidade de transformar o futuro.

Muito obrigado
Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho”

Leia Mais
+“Muitas pessoas ainda não perceberam a gravidade da situação”, alerta Camilo sobre o isolamento social
+COVID-19: 400 mil pessoas recuperadas no mundo
+COVID-19: Ceará inclui cloroquina em novo protocolo para tratamento de pacientes
+Ceará vai estabelecer protocolo para uso da hidroxicloroquina no estágio inicial da Covid-19
+Mais amplo, o terceiro estudo do Dr. Raoult reafirma eficácia do coquetel com hidroxicloroquina
+Carlos Matos afirma que foi curado da COVID-19 graças à combinação de hidroxicloroquina e azitromicina
+Vídeo: na França, Macron se rende aos fatos e, enfim, procura Didier Raoult, o Dr. Cloroquina
+Ciro critica Mandetta e fala sobre uso sem protocolo da cloroquina: “assassinato”
+Pará, São Paulo e Bahia adotam cloroquina no tratamento da COVID-19

COMPARTILHE A NOTÍCIA

PUBLICIDADE

Confira Também

Fortaleza: Assim como Quaest, Datafolha capta movimento antecipado pela Focus/AtlasIntel

Animado por pesquisas, Lula grava pra Evandro e agenda ato em Fortaleza

Nova Quaest mostra que Focus/AtlasIntel antecipa a dinâmica do voto em Fortaleza

A nervosa dança das pesquisas eleitorais em Fortaleza

Em educação, Brasil investe menos de 1/3 da média da OCDE

A preciosa leitura de Andrei Roman, CEO da AtlasIntel, acerca da disputa de Fortaleza

É hoje: disputa de Fortaleza em estado de expectativa com nova pesquisa Focus Poder + AtlasIntel

Acaba a farra ESG enquanto a crise climática se agrava

A esquerda e o jornalismo estão tontos e não entendem fenômenos como Pablo Marçal

Focus Poder inova no Brasil com formato ‘Smart Brevity’ de notícias ágeis e diretas

Indústria dos “cortes” em vídeo: Lucro fácil, desinformação e realidade eleitoral paralela

Fortaleza: Assim como Datafolha, pesquisa Ideia diz que quase nada mudou em um mês

MAIS LIDAS DO DIA

Wagner: a religião no centro da disputa em Fortaleza?

Guimarães fala sobre suporte de Luizianne a Evandro: “Ela declarou que vai apoiar?”

Ibovespa fecha na mínima do dia pelo 2º dia, aos 133,1 mil pontos

Obras do ITA em Fortaleza terão orçamento inicial de R$ 17 milhões

Em Juazeiro, Glêdson cai, Santana sobe e disputa esquenta de vez

O frangão. Por Angela Barros Leal

Herdeiro não responde por multa decorrente de crime ambiental, decide STJ

X diz que vai nomear representante no País e cumpre ordem para barrar perfis

Paraná Pesquisas: Em SP, Nunes tem 26,8%, Boulos, 23,7%, e Marçal, 21%