Contexto e impactos: A silvicultura, que se refere à exploração de florestas plantadas com fins comerciais, manteve-se como o principal setor dentro da produção florestal, superando novamente a extração vegetal, como ocorre desde 1998. Em 2023, o valor da produção da silvicultura cresceu 13,6%, enquanto a extração vegetal apresentou uma diminuição de R$ 132 mil. A silvicultura agora responde por 83,6% do valor total da produção florestal, enquanto o extrativismo vegetal fica com 16,4%.
O setor silvicultural tem na produção de produtos madeireiros sua maior força, representando 98,2% do valor da produção florestal. Houve um crescimento de 15,4% no valor desses produtos em áreas plantadas, enquanto o extrativismo madeireiro aumentou apenas 0,5%. A lenha e a madeira para fabricação de papel e celulose destacaram-se com aumentos de 20,6% e 19,4%, respectivamente.
Tendências e regionalização: As regiões Sul e Sudeste seguem concentrando a maior parte da produção florestal do país, respondendo por 69,1% do valor total da produção em 2023. Minas Gerais se destacou como o estado líder na produção de silvicultura, com R$ 8,3 bilhões, seguido pelo Paraná, com R$ 5,1 bilhões. O plantio de eucalipto predominou no Sudeste, enquanto o pinus prevalece na Região Sul.
Produtos e exportação: O mercado de papel e celulose continua sendo um dos principais motores da silvicultura no Brasil, com a madeira em tora para essa finalidade registrando aumento de 19,4% no valor da produção, totalizando R$ 11,7 bilhões em 2023. Em termos de exportação, a celulose foi responsável por 2,3% do total das exportações do país, gerando US$ 7,9 bilhões, apesar de uma queda de 5,3% no volume exportado.