O fato: A taxa de desocupação no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em agosto, repetindo o menor patamar já registrado pela Pnad Contínua. No mesmo período de 2024, estava em 6,6%. Ao todo, havia 6,1 milhões de pessoas desocupadas, redução de 605 mil em relação ao trimestre anterior, enquanto o número de ocupados chegou a 102,4 milhões, elevando o nível de ocupação para 58,1%, também o maior da série histórica.
Número de empregados: O número de empregados com carteira assinada atingiu recorde, com 39,1 milhões de pessoas, alta de 1,2 milhão em 12 meses. A queda do desemprego é puxada principalmente pelo setor público de educação, com contratações temporárias sem carteira ao longo do primeiro semestre. Em contrapartida, o trabalho doméstico registrou queda de 174 mil ocupados, reflexo de um mercado aquecido, em que trabalhadores migram para outros serviços.
Os detalhes: A informalidade avançou para 38%, impulsionada pelo aumento de trabalhadores por conta própria sem CNPJ, que chegaram a 19,1 milhões, alta de 1,9% sobre o trimestre anterior. Já o rendimento médio ficou em R$ 3.488, estável em relação ao trimestre anterior e 3,3% acima da inflação em 12 meses. A massa salarial somou R$ 352,6 bilhões, crescimento de 5,4% frente a agosto de 2024.
Apesar da Selic em 15% ao ano, maior nível desde 2006, o mercado de trabalho se mantém aquecido, com baixo desemprego, alta ocupação e geração de 147 mil vagas formais em agosto, segundo o Caged, totalizando 1,4 milhão de postos em 12 meses.