
🚨 O que aconteceu:
Uma operação conjunta entre as polícias do Rio de Janeiro e do Ceará, com o apoio dos Ministérios Públicos dos dois estados, mirou lideranças criminosas cearenses escondidas na Rocinha, na Zona Sul do Rio. A ação, deflagrada na madrugada de sábado (31), mobilizou dezenas de agentes e visou o cumprimento de 29 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio de Castro, acompanhou pessoalmente o desenrolar da operação desde a madrugada.
🎯 O alvo:
As investigações revelaram que chefes do Comando Vermelho no Ceará estariam ordenando homicídios, roubos e ataques a provedores de internet a partir da Rocinha. Os criminosos cearenses, segundo o Ministério Público, pagavam uma “taxa de proteção” aos bandidos do Rio para operar na comunidade, conhecida como Dioneia, área de difícil acesso e próxima à mata.
🔎 Ações ordenadas do Rio para o Ceará:
- Extorsão a operadoras de internet no Ceará: propinas exigidas para continuar funcionando.
- Retaliações violentas contra empresas que se recusavam a pagar: ataques a veículos e infraestrutura.
- Crimes de mando: homicídios, roubos e outras execuções violentas.
- O MP do Rio estima que pelo menos 1.000 mortes foram ordenadas nos últimos dois anos.
⚔️ O saldo da operação (até o momento):
- Um criminoso com mandado de prisão foi capturado.
- Quatro fuzis, duas pistolas, um revólver, um fuzil de airsoft, munições e drogas apreendidos.
- Nenhuma liderança cearense foi presa: eles fugiram para a mata assim que a operação começou.
- Um policial militar foi baleado no pescoço durante o confronto.
🗣️ O que disseram as autoridades:
📍 Cláudio Castro (Governador do Rio):
“Não permitiremos que o Rio de Janeiro seja usado como refúgio para criminosos.”
“É assim que enfrentamos o crime: com planejamento, integração e ação firme. Aqui, quem desafia a lei, encontra o peso do Estado.”
📍 Promotores do MP do Ceará:
“Os ataques a provedores no Ceará foram planejados e ordenados diretamente da Rocinha.”
📍 Comentário Focus Poder:
A operação escancara a teia nacional do crime organizado. Não há mais espaço para pensar o crime como um fenômeno local. Facções se conectam entre estados, formam redes de proteção e expandem seus tentáculos, desafiando a capacidade de resposta do Estado brasileiro.
A ação conjunta entre Rio e Ceará é um exemplo importante de cooperação interestadual, mas ainda insuficiente. O combate ao crime organizado exige inteligência federal, integração de forças, rastreamento financeiro e ações coordenadas em várias frentes. Sem isso, o Brasil continuará a ser um tabuleiro para o crime se mover de estado em estado.
🌐 O crime organizado é um problema nacional — e a resposta precisa ser igualmente nacional.