O mercado de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) viveu uma verdadeira explosão nos últimos cinco anos. Segundo dados da Quantum, o volume de emissões desses títulos de renda fixa lastreados em recebíveis do setor agrícola mais do que triplicou, saltando de R$ 7,3 bilhões no primeiro semestre de 2019 para impressionantes R$ 23,3 bilhões no primeiro semestre de 2024.
Este crescimento exponencial reflete um aumento significativo do interesse tanto dos investidores quanto do mercado em geral por instrumentos de dívida ligados ao setor agrícola. O CRA se tornou uma opção atraente devido à possibilidade de diversificação da carteira com ativos do agronegócio, oferecendo rendimentos potencialmente superiores a outros títulos de renda fixa, como Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e debêntures. Além disso, para pessoas físicas, esses títulos são isentos de Imposto de Renda, aumentando ainda mais sua atratividade.
No entanto, os CRAs também apresentam riscos e desvantagens. Entre eles, destaca-se o risco de inadimplência dos devedores, a baixa liquidez dos títulos e a complexidade envolvida na compreensão dos riscos associados. Estes fatores exigem que os investidores estejam bem informados e preparados para lidar com possíveis desafios.
O menor volume de emissões foi registrado no primeiro semestre de 2020, um período marcado pelos severos impactos da pandemia de COVID-19 sobre a economia global. Em contraste, o maior volume de recursos captados ocorreu na segunda metade de 2023, evidenciando uma retomada robusta e crescente confiança no setor.