Antes mesmo de convencer os partidos que compõem o Centrão, e de disputar a eleição presidencial, Flávio Bolsonaro (PL) resolveu sentar (por meio de IA) na cadeira presidencial.
Em animação postada nesta tarde na página do Partido Liberal no Instagram (que se pode ver aqui: https://www.instagram.com/reel/DSK-antjib-/?igsh=bWpjMDJncXVuajlw), o senador aparece sentando na cadeira presidencial, pondo a faixa e simulando assinar algo (a anistia de seu pai?).
Na legenda se diz:
“Em 2026, é Flávio Bolsonaro (@flaviobolsonaro) quem vai liderar o caminho para colocar a direita de volta no comando do Brasil! 🇧🇷 A expectativa só cresce e a confiança também. O futuro já tem rumo, e nós estamos prontos para seguir com ele. #FlávioBolsonaro #FlávioCandidato #2026 #Bolsonaro2026“.

Por óbvio, a postagem busca convencer o campo político de que “em 2026, é Flávio” quem deverá ser ungido o candidato da direita – leia-se, o candidato de PL, UNIÃO, PSD, REP e dos demais partidos que orbitam em torno do espólio da direita que, com Bolsonaro, “saiu do armário”.
Há, segundo se lê, uma “expectativa” que “só cresce”.
Resta saber de quem, uma vez que a recepção da suposta mensagem de Jair Bolsonaro, acerca do filho como seu herdeiro na disputa presidencial, não animou o mercado político, nem o financeiro.
Talvez seja bom que Flávio e o PL estudem um pouco da história política do país. É que, lá em 1985, já como candidato favorito, contra o lendário Jânio Quadros, à disputa pelo comando da capital paulista, Fernando Henrique Cardoso se fez fotografar pela Revista Veja na cadeira de prefeito de São Paulo. Ele tinha 36% das intenções de votos, contra 29% de Jânio.
O resultado, dias depois, mostrou a derrota de FHC, entendia como uma derrota da arrogância e da precipitação.
Flávio é candidato apenas de seu pai; os partidos aliados nem deglutiram sua candidatura, nem sabendo se ela é pra valer, a julgar pelas próprias palavras do senador.
Simular, ainda que por IA, sentar na cadeira presidencial é fato em que se precisa combinar com os russos.







