
O essencial — A deputada cearense Luizianne Lins (PT-CE), a bordo do barco Grande Blu da Global Sumud Flotilla, relatou ataques com drones e explosões contra embarcações do comboio humanitário que navega rumo a Gaza. Os incidentes foram registrados nesta quarta (24), em águas do Mediterrâneo, segundo vídeos e relatos de bordo.
Como está agora
• Embarcações sob assédio eletrônico e físico: ativistas reportam drones, interferência em comunicações e detonações próximas às embarcações, com ao menos quatro barcos afetados. O comboio segue na altura do sul da Grécia/Creta.
• Posição de Israel endurece: o governo Netanyahu tem classificado a flotilha como “apoiada pelo Hamas” e pressiona para que a ajuda seja entregue via portos controlados por Israel; a ONU cobrou que não haja ataques à missão.
• Itamaraty cobrou respeito ao direito internacional: o Brasil pediu publicamente que Israel não ataque a flotilha; há brasileiros entre os tripulantes — incluindo Luizianne.
Por que importa
A presença de uma parlamentar federal brasileira dá peso político e visibilidade nacional à segurança dos cidadãos brasileiros e ao debate sobre corredores humanitários no Mediterrâneo oriental.
O que foi dito
• Luizianne Lins, em vídeo de bordo: “Está tendo um ataque de drones aqui sobre as embarcações da flotilha… tentativa clara de intimidar e sabotar a chegada de ajuda humanitária a Gaza.”
Contexto rápido
A Global Sumud Flotilla reuniu dezenas de barcos e centenas de ativistas de mais de 40 países, zarpando de Barcelona no fim de agosto para romper simbolicamente o bloqueio a Gaza e entregar mantimentos e medicamentos. Israel promete impedir a chegada; missões semelhantes já foram interceptadas neste ano.
Vá mais fundo
• Risco jurídico e diplomático: ataques em águas internacionais contra embarcações civis podem configurar violação de direito internacional — motivo pelo qual países com cidadãos a bordo e a própria ONU elevaram o tom.
• Batalha de narrativas: enquanto a flotilha divulga vídeos de supostos ataques, Israel questiona o caráter humanitário do comboio e busca enquadrá-lo como ameaça de segurança. A disputa informacional é central para os próximos passos.