
O roubo à joalheria
O assalto à joalheria em Tianguá ocorreu em agosto de 2023 e causou grande comoção na cidade. Os criminosos entraram no estabelecimento durante o horário de funcionamento, armados e em grande número, renderam os funcionários e clientes, e levaram joias de alto valor.
A ação foi rápida e, aparentemente, bem planejada, com os assaltantes utilizando técnicas de intimidação para controlar a situação e fugir sem deixar pistas claras para a polícia. O crime gerou um alto valor de prejuízo material, além de causar medo e insegurança na comunidade local.
Google inocentou acusado
O homem foi informado sobre a investigação e a emissão de seu mandado de prisão preventiva, mas desde o começo ele se declarou inocente. A Defensoria Pública do Ceará foi acionada pelos familiares e, após revisar o caso, obteve provas de que o acusado estava na Bahia no dia do crime. No entanto, as capturas de tela apresentadas pela defesa não eram suficientes para garantir a inocência do homem. Foi necessário o uso do Google Takeout, uma ferramenta que permite exportar dados de serviços Google, como o Google Fotos, para validar as imagens como provas confiáveis.
Funcionalidade Google Takeout
O Google Takeout é uma ferramenta que permite recuperar dados de vários serviços vinculados ao Google, como fotos antigas do Google Fotos. Essa função foi utilizada pela Defensoria Pública para coletar e verificar as evidências necessárias para comprovar a inocência do homem. A partir do parecer técnico do Núcleo de Investigação Defensiva, a ferramenta foi crucial para garantir a veracidade das provas.
Tribunais não aceitam “prints” sem comprovação pericial
O defensor público Thácilo Evangelista explicou que tribunais não aceitam “prints” sem comprovação pericial, uma vez que imagens podem ser manipuladas facilmente. Para que uma imagem tenha valor como prova digital, é necessária a utilização de técnicas específicas que assegurem a fidelidade dos dados, auditáveis pelo juiz. Foi com o uso dessas técnicas, por meio do Google Takeout, que a Defensoria comprovou a inocência do acusado.
Conclusão
O laudo técnico revelou que o acusado estava em Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia, durante o crime, afastando qualquer possibilidade de sua participação no assalto à joalheria. A intervenção da Defensoria Pública, que usou ferramentas digitais para coletar e validar as provas, foi fundamental para garantir a justiça no caso.