O fato: Cerca de 25% dos trabalhadores que solicitam o seguro-desemprego no Brasil recebem mais de dois salários mínimos (R$ 2.824) mensais, mas esse grupo representa um terço dos gastos totais com o benefício, equivalente a R$ 15 bilhões, de acordo com estimativas do governo federal obtidas pela Folha de S.Paulo.
A concentração dos maiores valores entre quem recebe salários mais altos motivou a equipe econômica a estudar alternativas para revisar as regras e conter os gastos públicos.
Detalhes: Entre as propostas em análise estão o desconto da multa do FGTS nas parcelas do seguro e o fim do benefício para quem ganha acima de dois salários mínimos. As medidas devem ser apresentadas após as eleições municipais.
Contexto: O possível corte para trabalhadores com rendimentos maiores tem gerado reação de centrais sindicais, que veem as mudanças como um retrocesso e cobram do presidente Lula o cumprimento de compromissos assumidos na campanha de 2022.
O tema seguirá em debate, com as centrais se reunindo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em 1º de novembro.