O fato: O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) firmaram, nesta terça-feira (30), uma parceria estratégica para aplicar inteligência artificial (IA) na administração pública. O investimento, de R$ 390 milhões até 2028, será financiado pelo FNDCT, fundo operado pela Finep, e integra o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que prevê R$ 23 bilhões em recursos federais nos próximos anos.
O que está em jogo: O projeto, batizado de Inspire, pretende criar plataformas de IA generativa capazes de integrar bases de dados como CadÚnico, saúde e educação, permitindo personalização no atendimento. A promessa é de um “governo para cada pessoa”, com serviços adaptados ao perfil de cada cidadão, como notificações sobre vacinas ou benefícios sociais.
Na prática, trata-se de unificar o sistema público, reduzindo burocracia, eliminando redundâncias e aumentando a transparência. É também um movimento de reposicionamento político: a tecnologia passa a ser apresentada como ferramenta de inclusão social e eficiência do Estado.
Segurança e soberania: A execução ficará a cargo do CPQD, que garante que os dados respeitarão a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e diretrizes de soberania digital. O centro já está estruturando novas bases de processamento gráfico em Campinas (SP) e qualificando cerca de 200 profissionais para acelerar a entrega.