Grupo Ducoco entra em recuperação judicial com dívidas de R$ 667 milhões

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Foto: reprodução/internet

O fato: A Justiça do Ceará aceitou o pedido de recuperação judicial do grupo Ducoco, fabricante de água de coco e derivados da fruta. A empresa enfrenta uma crise financeira, acumulando dívidas superiores a R$ 667 milhões com cerca de mil credores.

A decisão foi assinada nesta segunda-feira (17) pelo juiz Daniel Carvalho Carneiro, da 3ª Vara Empresarial, de Recuperação de Empresas e de Falências do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). Com isso, ficam suspensas as ações judiciais contra as empresas Ducoco Alimentos e Ducoco Produtos Alimentícios, além da proibição de bloqueios judiciais ou extrajudiciais sobre os bens da companhia.

A Ducoco tem um prazo de 60 dias para apresentar seu plano de recuperação judicial. Caso não cumpra o prazo, a empresa pode ter a falência decretada. Procurada, a Ducoco ainda não se manifestou.

Crise financeira e fatores envolvidos: A Ducoco atribui a crise financeira à insuficiência dos investimentos baseados na cessão de títulos de crédito desde 2023, o que levou a empresa a buscar novas operações de financiamento. A situação se agravou quando um dos fundos de investimentos classificou seus títulos de crédito como perda, impedindo a continuidade das operações e comprometendo o fluxo de caixa.

Para captar recursos, a empresa optou pela emissão de debêntures simples (títulos de dívida sem participação no capital e sem garantia real). No entanto, os valores arrecadados foram destinados ao pagamento de dívidas em vez de novos investimentos.

A empresa também aponta o aumento dos custos de insumos e a alta da taxa Selic como fatores que impactaram seu fluxo de caixa e dificultaram o cumprimento de obrigações de curto e médio prazo.

Histórico e estrutura da Ducoco: Fundada em 1982 a partir de uma plantação de cocos no interior do Ceará, a Ducoco possui atualmente 966 funcionários. Suas operações incluem fábricas em Itapipoca (CE) e Linhares (ES), além de um centro de distribuição e um escritório em São Paulo.

Além da marca Ducoco, o grupo também detém a marca Menina, adquirida na década de 1990.

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