A Hapvida, gigante brsileira da saúde, fez um movimento simbólico mas estratégico: comprou o Hospital de Oncologia do Méier, na Zona Norte do Rio, por R$ 5,3 milhões.
➡️ Um valor irrisório diante do lucro de R$ 1,8 bilhão da empresa em 2024 — mas com peso tático.
Por que importa
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Expansão no Rio: apesar de ser líder nacional, com mais de 16% do setor, a Hapvida é apenas a quinta operadora na capital fluminense, com 7,1% de participação.
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Oportunidade de mercado: Rio segue sendo território pouco explorado pela companhia, que pretende ampliar sua rede própria e reduzir dependência de prestadores terceiros.
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Integração vertical: ao assumir a unidade, a estratégia é transformá-la em hospital geral, absorvendo clientes da própria Hapvida.
O ativo comprado
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Hospital do Méier: cerca de 80 leitos e quatro salas cirúrgicas.
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Origem: pertencia à Oncoclínicas, hoje pressionada por dívidas e perda de contratos — entre eles, a Unimed Ferj.
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Preço: R$ 66 mil por leito — muito abaixo da média de até R$ 2 milhões em hospitais de padrão premium.
O olhar do mercado
Segundo relatório do BTG Pactual:
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“Embora pequeno em termos financeiros, o movimento é estrategicamente relevante.”
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Complementa o plano de R$ 380 milhões em investimentos no Rio, voltado a consolidar a infraestrutura própria.
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Expectativa de novas aquisições também em São Paulo.
Cenário competitivo no Rio (dados Itaú BBA)
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Amil: 14,9%
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Bradesco Saúde: 12%
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SulAmérica: 10,6%
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Assim: 10,5%
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Hapvida: 7,1%
👉 Em resumo: a compra é barata, mas se encaixa como peça-chave no jogo de longo prazo da Hapvida no Rio. A gigante nordestina mira transformar presença tímida em protagonismo, aplicando a mesma lógica que a levou a dominar outros mercados.