O fato: O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou nesta sexta-feira que o retorno do horário de verão no Brasil em 2024 depende de análises técnicas que serão realizadas para avaliar o risco energético causado pela seca. A decisão final deverá ser tomada na próxima semana, segundo o ministro, que conversou com jornalistas em Roma.
Detalhes: Silveira explicou que a decisão sobre a retomada do horário de verão será baseada em um estudo técnico que deve determinar se o país enfrenta um cenário de risco energético. “Se houver risco energético, não interessa outro assunto a não ser fazer o horário de verão. Se não houver, aí é um custo-benefício que eu terei a tranquilidade, serenidade e coragem de decidir a favor do Brasil”, afirmou o ministro. Caso o cenário de risco energético não seja confirmado, o governo irá ponderar os impactos que o retorno do horário de verão poderá trazer a outros setores, como o setor aéreo e a segurança pública.
O cronograma: O ministro destacou que uma decisão precisa ser tomada na próxima semana para que, se adotada, a medida entre em vigor em tempo de produzir efeitos. Para alcançar o impacto desejado, a janela ideal de implementação seria entre outubro e dezembro. Ele também observou que, caso o horário de verão seja decretado, é necessário um período de no mínimo 20 dias para que setores afetados, especialmente o setor aéreo, possam se planejar.
Contexto político: Silveira revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já mencionou em entrevista recente que a decisão sobre o retorno do horário de verão ficará sob a responsabilidade do Ministério de Minas e Energia. O ministro ressaltou que essa decisão será embasada em uma análise técnica, levando em conta também fatores políticos e sociais.