A alta de 0,92% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em agosto foi decorrente de aumentos em 12 das 24 atividades pesquisadas, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Esse maior espalhamento das variações positivas está em linha com a depreciação de 2,1% do real frente ao dólar, o que não ocorria desde março, e que eleva os preços tanto do que importamos quanto do que exportamos”, justificou Alexandre Brandão, gerente do IPP no IBGE, em nota oficial.
No mês de agosto, as altas de preços mais acentuadas ocorreram em refino de petróleo e biocombustíveis (7,52%), indústrias extrativas (6,56%) e vestuário (5,89%). Não por acaso as maiores contribuições para a inflação na indústria partiram justamente de refino de petróleo e biocombustíveis, responsável por 0,72 ponto porcentual do IPP do mês, seguido pelas extrativas, com 0,30 ponto porcentual, e vestuário, 0,10 ponto porcentual.
“Houve aumentos tanto do óleo diesel quanto da gasolina, dois produtos de maior peso do refino”, lembrou Brandão.
Na direção oposta, as principais quedas de preços em agosto foram registradas por equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,79%) e metalurgia (-2,67%, impacto de -0,17 ponto porcentual).
“Os preços do minério de ferro tiveram queda significativa nos meses anteriores a agosto, com efeito sobre o setor de metalurgia, cujos preços também caíram devido à redução na demanda pelo aço”, concluiu o gerente do IPP.
Agência Estado