O fato: A inflação oficial do Brasil apresentou queda de 0,02% em agosto de 2024, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10). A redução foi impulsionada principalmente pelo recuo no preço da energia elétrica, que registrou uma queda de 2,77% no período.
Contexto: A redução no custo da energia elétrica está associada ao retorno à bandeira tarifária verde e à redução das tarifas em várias cidades do país. Entre as principais reduções destacam-se São Paulo (-2,43%), Vitória (-1,96%), Belém (-2,75%) e São Luís (-1,11%). Esses ajustes colaboraram de forma decisiva para aliviar a inflação de agosto.
Outro fator importante para a queda da inflação foi o recuo de 0,73% nos preços dos alimentos para consumo em domicílio. Entre os produtos que apresentaram maior redução de preços estão tubérculos, raízes e legumes (-16,31%), além de hortaliças e verduras (-4,45%). O pesquisador do IBGE, André Almeida, apontou que a maior oferta desses alimentos, impulsionada por condições climáticas favoráveis, contribuiu significativamente para o alívio inflacionário.
Impactos: Apesar da queda geral, alguns itens contribuíram para evitar uma redução maior na inflação. A gasolina, por exemplo, registrou alta de 0,67%, acumulando elevação de 3,84% desde julho devido a dois reajustes consecutivos. Entre os alimentos, o mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%) tiveram altas expressivas.
Além disso, o preço da refeição fora do domicílio subiu 0,33%, enquanto os planos de saúde e a educação de nível superior registraram aumentos de 0,58% e 1,09%, respectivamente, também pressionando a inflação do período.