Durante visita oficial à Indonésia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que disputará um quarto mandato nas eleições de 2026. Aos 80 anos, o petista afirmou estar “com a mesma energia de quando tinha 30” e garantiu estar preparado para enfrentar novamente as urnas.
A declaração, feita ao presidente indonésio Prabowo Subianto, consolida o que já vinha sendo sinalizado por aliados próximos — e ocorre num momento em que o governo recupera fôlego político e aprovação popular, segundo pesquisas recentes da Quaest.
A fala de Lula também expõe o vácuo de lideranças no PT capazes de sucedê-lo com competitividade nacional. Entre as razões para insistir na disputa, interlocutores do Planalto apontam o avanço da direita no Congresso e o temor de retrocessos em pautas sociais e ambientais.
Lula cumpre agenda na Ásia, passando por Jacarta e Kuala Lumpur, onde participará da cúpula da Asean. O ponto alto do giro será o encontro com Donald Trump, em meio à tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos e às sanções impostas por Washington a autoridades brasileiras.
Análise Focus Poder:
A confirmação pública da candidatura reforça o instinto político de Lula: ocupar o centro da cena antes que o tabuleiro se reorganize. No vácuo de nomes competitivos dentro e fora do PT, o presidente aposta na força do símbolo — o líder que resiste, mesmo quando a história parece pedir passagem.