
O fato: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliou como “surpreendentemente boa” a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada no domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia. O encontro sinalizou avanço nas negociações para encerrar a tarifa de 50% imposta pelos norte-americanos às exportações brasileiras desde agosto.
“Se depender do Trump e de mim, vai ter acordo”, disse Lula, nesta segunda-feira (27). O petista afirmou que representantes dos dois países devem se reunir em Washington na próxima semana para fechar os termos do acordo comercial.
Detalhes: Lula declarou ter deixado claro ao líder norte-americano que a taxação foi baseada em informações incorretas. “Os Estados Unidos não têm déficit com o Brasil, que foi a explicação da famosa taxação ao mundo. Os Estados Unidos só iriam taxar países com os quais tivesse déficit comercial”, pontuou.
Apesar das diferenças ideológicas, o brasileiro destacou que o diálogo deve prevalecer. “Agora não tem mais intermediários. É o presidente Lula com o presidente Trump. Gostemos ou não um do outro, temos que assumir a responsabilidade como chefes de Estado”, afirmou.
Julgamento de Bolsonaro: O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro também entrou na pauta. Segundo Lula, ele explicou a Trump que o processo foi conduzido com base em provas consistentes. “Eles foram julgados com o direito de defesa que não tive quando fui processado. O Bolsonaro faz parte do passado da política brasileira”, concluiu.






