M. Dias Branco: Recuperação no 4º trimestre de 2024 e avanços no market share

COMPARTILHE A NOTÍCIA

Fábrica em Fortaleza: a M. Dias Branco celebra os 72 anos de sua primeira marca: a Fortaleza, que iniciou sua jornada no nascimento da empresa, em 1953.

A gigante de alimentos M. Dias Branco, dona de marcas como Fortaleza, Piraquê, Vitarella, Adria e Jasmine, fechou 2024 com queda na receita e no lucro, reflexo da baixa nos preços das commodities e da alta do dólar. No entanto, a empresa, que manté sólida liderança no setor de massas e biscoitos no Brasil, aposta em ajustes operacionais e em um modelo de vendas mais centralizado para retomar o crescimento, além de destacar avanços em sua participação de mercado.

Os números

  • Receita líquida: R$ 9,7 bilhões (-10,9% vs. 2023)
  • Lucro líquido: R$ 646 milhões (-27,3% vs. 2023)
  • Market share:
    • Biscoitos: 32% (+0,2 p.p.)
    • Farinha de trigo: 11,9% (+1,2 p.p.)
  • Dívida líquida: alavancagem zero, com R$ 2,1 bilhões em caixa

O que aconteceu?
A empresa atribui o desempenho ao fim do ciclo de alta nos preços dos alimentos iniciado na pandemia e agravado por dois eventos internos:

  1. Troca de sistema de gestão em janeiro, que interrompeu a operação por vários dias.
  2. Aumento de preços em julho, após a disparada do trigo, enquanto concorrentes mantiveram os valores, impactando o volume de vendas.

Para reequilibrar custos, a M. Dias Branco desativou parte da produção em unidades no RJ e SP, fechou três centros de distribuição e unificou a diretoria comercial.

Sinais de recuperação
Apesar da queda anual, a empresa viu melhora no último trimestre:

  • Receita: +4% vs. terceiro trimestre de 2024
  • Lucro líquido: +41,5% no mesmo período

“O ano terminou melhor do que começou”, afirmou Fabio Cefaly, diretor de relações com investidores.

Avanços no Market Share
Mesmo com o recuo na receita, a M. Dias Branco conseguiu aumentar sua participação de mercado em dois segmentos chave:

  • Biscoitos: Aumentou de 31,8% para 32%, consolidando sua posição de liderança.
  • Farinha de trigo: Cresceu de 10,7% para 11,9%, evidenciando a força de suas marcas no setor.

Dividendos agora mensais
Para atrair investidores, a empresa alterou a política de pagamento de dividendos. A partir de abril, o valor pago por ação será mensal (R$ 0,03), em vez de trimestral (R$ 0,06).

O que esperar?
Com ajustes operacionais e foco na eficiência, a M. Dias Branco tenta recuperar margens e manter sua posição de liderança no setor. No entanto, o desafio será crescer diante de um mercado mais competitivo e do impacto das oscilações cambiais.

COMPARTILHE A NOTÍCIA

PUBLICIDADE

Confira Também

Vídeo: Saudação nazista do guru da direita dos EUA assusta até a extrema direita francesa

AtlasIntel é 1ª colocada no ranking de Nate Silver nos EUA e se consolida no topo da excelência global

Polêmica da Margem Equatorial não é do Nordeste e exige voz do Ceará: silêncio é cúmplice

Latam Pulse: Lula em queda, Tarcísio em alta e o Brasil dividido

Governo Lula prepara dois projetos para regular plataformas digitais

Vídeo: Cid Gomes projeta o PSB como nova força no Ceará e não descarta candidatura em 2026

Novo presidente da Câmara crítica penas para os que que depredaram a sede da democracia

Gestão Sarto deixou as contas de Fortaleza reprovadas com nota C no Tesouro Nacional

Banco Mundial: Tecnologias vão incinerar 92 milhões de empregos e criar outras 78 mihões de vagas; Você está pronto pra elas?

Riqueza: vovôs boomers se retiram para curtir a vida, deixam trilhões e herdeiros Millennials/Gen Z vão reinventar o dinheiro

Trump e o russo Pavlov: condicionamento no jogo político

Elon Musk, o Dr. X, declara guerra à ajuda humanitária dos EUA para o mundo

MAIS LIDAS DO DIA

M. Dias Branco: Recuperação no 4º trimestre de 2024 e avanços no market share

Yanis Varoufakis: O economista que desafiou o sistema global e criou a tese do tecnofeudalismo

Pai biológico perde paternidade por falta de afeto com o filho, decide STJ

TJCE mantém indenização de R$ 15 mil contra Tirullipa por publicação em redes sociais

Empresa deve fornecer dados de empregados para sindicato, decide TST