Mapa das cheias: 63 açudes transbordam e Ceará pode alcançar 73 sangrias até o fim de maio

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Mapa preparado pela Cogerh em 12 de abril de 2023

Das 157 barragens monitoradas, 63 estão sangrando e mais 10 estão entre 90% e 100% de sua capacidade. Os resultados alvissareiros mostram que o Ceará alcança segurança hídrica que desde 2009 não se concretizava.

A quantidade de reservatórios transbordando é o maior desde 2011, quando foram registrados 67 açudes nesta condição. Ou seja, tudo leva a crer que 2023 vai superar a marca de 2 anos atrás.

Segundo levantamento da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), a reserva dos açudes passou de 5,8 bilhões m³, no dia 1º de fevereiro, para 8,82 bilhões m³ na data de hoje. O volume de água aportado nos reservatórios até aqui foi da ordem de 4,54 bilhões de metros cúbicos.

A reserva hídrica atual corresponde a 47,5% da capacidade total dos 157 reservatórios monitorados pela (Cogerh). Esse número parece distorcido diante da quantidade de barragens sangrando, mas a grande dimensão do Castanhão, que está com quase 30% de sua capacidade, joga para baixo o resultado até aqui.

Porém, é crescente a melhora do núivel de água do Castanhão. Há pouco mais de um ano, a barragem tinha apenas 8% de seu volume. A última vez que alcançou a capacidade verificda hoje )29,46% foi em novembro de 2014.

Baseado no mapa acima, veja o que diz a Gogerh:

As regiões do AcaraúCoreaúLitoralMetropolitana e Baixo Jaguaribe estão em situação “muito confortável”, com volumes acima de 70%. Já as regiões do SalgadoSerra da Ibiapaba e Alto Jaguaribe estão na zona “confortável”, com mais de 50% das reservas.

Enquanto isso, as regiões do Curu e Sertões de Crateús passaram para o estado “em alerta“, que é quando as reservas marcam entre 30% a 50% de volume. Só a bacia do Médio Jaguaribe se mantém em estado “crítico”, com volume abaixo de 30%.

Já a Bacia do Banabuiú passou de situação “muito crítica” (reservas abaixo de 10%) no começo deste ano para “em alerta” , percentual alcançado pela última vez em setembro de 2013. Na região, o Açude Fogareiro sangrou nesta terça-feira(12), após hiato de quase 12 anos. É o 7º açude da Bacia do Banabuiú a sangrar neste ano.

As recargas são um alento para a região que há pelo menos uma década convivia com insegurança hídrica em função do prolongado período de estiagem. Do início do ano até hoje, foram mais de 600 milhões de metros cúbicos de aporte na bacia, sendo o segundo maior aporte do Estado.

Os três gigantes:
Orós – Chegou a 4,7% no começo de 2020 e, agora, atingiu a marca dos 60%, melhor número desde março de 2013.
Banabuiú – chegou a estar praticamente seco entre 2015 e 2018, no auge da seca, e hoje possui 34%. A reserva mais que triplicou em menos de um mês em 2023.
Castanhão – Estava com 2,1% em 2018 e continua recuperando volume, que agora bate 29%, maior percentual desde dezembro de 2014.

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