A semana terminou com a divulgação de duas pesquisas de intenção de voto para a prefeitura de Fortaleza, antecedidas pela movimentação provocada, na semana anterior pela divulgação da pesquisa realizada pela AtlasIntel, por encomenda do Focus Poder, que, além de gerar movimentações nos QG´s das campanhas, lançou a pergunta: “Que movimentação é essa que só tal instituto traz?”
Na quarta, encomendada pelo Sistema Verdes Mares, a Genial Quaest divulgou os números colhidos numa amostra de 900 entrevistados, entre os dias 08 e 10 de setembro, assim distribuídos: empate técnico entre os quatro candidatos até aqui mais competitivos; queda de 7 pontos de Wagner (passando de 31 para 24%); subida considerável de André e Evandro (ambos, de 14 para 21%); queda de Sarto em 4 pontos (indo de 22 para 18%); vitória de Wagner em todos os cenários de segundo turno; derrota de Sarto para todos no segundo turno; e um empate técnico entre André e Leitão caso os dois fossem ao segundo round.
Péssimas notícias para Sarto, preocupação para Wagner e estímulo sem igual para os “polarizados”. Evandro, inclusive, tratou de dirigir-se a Brasília para gravar vídeo com Lula, ao passo que André anunciou visita de Nikolas Ferreira, nome forte do bolsonarismo, para agitar a militância, especialmente a jovem e das redes sociais.
Por sua vez, encomendada pelo Jornal O Povo, na sexta tivemos a divulgação de pesquisa Datafolha, cujo resultado foi “o mesmo”, porém mais perto do que indicou a AtlasIntel: uma liderança numérica de André. Os resultados são os seguintes: Wagner caiu 6 pontos (ficando com 23% das intenções de voto); André subiu 9 (liderando a pesquisa com 25%); Evandro também subiu 9 pontos (indo a 19%) e Sarto caiu 5 (marcando 18%).
Nas simulações de segundo turno, Wagner continua imbatível, mas com queda considerável quando tem André como opositor (perdeu 7 pontos para André), e Sarto perde para todos os adversários (não houve simulação entre André e Evandro).
Logo, os três institutos, com AtlasIntel temporal e metodologicamente à frente, dizem o mesmo: certa resiliência de Wagner, que vai enfraquecendo-se à medida que a campanha desenrola-se; franca queda e rejeição do prefeito; e conversão da disputa local num Fla-Flu entre PL e PT.
A temperatura deve esquentar e dar novos nortes a Sarto (que já mudou de alvo, passando a mirar em André) e a Wagner (que precisa impor uma marca sua na disputa). Ao passo que os “polarizados” continuarão com as estratégias até aqui exitosas: Evandro se dirá, ainda mais, candidato de “Lula, Camilo e Elmano”; ao passo que André, reconhecidamente candidato de Bolsonaro, apostará na imagem de sobriedade, seriedade e competência que tem emulado até aqui (e nisso me parece que tem conseguido furar a bolha do bolsonarismo. Mas isso é assunto para outro texto).