O que está acontecendo: A corrida pela prefeitura de Fortaleza já começou, e os candidatos estão investindo pesado em anúncios nas redes sociais, com foco no Instagram e Facebook, ambas plataformas da Meta. Essas redes são essenciais para amplificar o alcance das mensagens políticas e garantir um engajamento maior com os eleitores.
Por que importa: Com investimentos em anúncios, os candidatos conseguem direcionar suas mensagens para públicos específicos, aumentando a eficácia da comunicação e promovendo maior engajamento. Curtidas, comentários e compartilhamentos não só ampliam a visibilidade das campanhas, mas também passam uma sensação de apoio popular.
Os números:
- Sarto (PDT): O atual prefeito gastou R$ 256.445 em 824 anúncios entre 17 e 23 de agosto. Seus posts, focados principalmente em mulheres de 35 a 44 anos, já geraram entre 500 mil e 600 mil impressões. Sarto possui 178 mil seguidores no Instagram e 52,1 mil no Facebook.
- Evandro Leitão (PT): O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará investiu R$ 87.801 em sete anúncios no mesmo período. O mais recente, com custo entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil, alcançou entre 100 mil e 125 mil impressões. Evandro tem 61,6 mil seguidores no Instagram e 39,3 mil no Facebook.
- Capitão Wagner (UB): Gastou R$ 66.551 em 21 anúncios. O post mais recente, de R$ 100, gerou entre 70 mil e 80 mil impressões. Capitão Wagner conta com 374 mil seguidores no Instagram e 375 mil no Facebook.
- Eduardo Girão (Novo): Investiu R$ 11.533 em 57 anúncios. Girão, com 354,9 mil seguidores no Instagram e 143,2 mil no Facebook, é o candidato que menos gastou, mas ainda assim mantém uma presença significativa nas redes.
- André Fernandes (PL): O deputado federal e candidato bolsonarista não investiu em anúncios, mas é quem possui a maior base de seguidores. Com 1,7 milhão no Instagram e 1,9 milhão no Facebook, André, único candidato da Geração Z e nascido na era digital, entrou na política já como influenciador digital.
O que observar: Enquanto os demais candidatos alocam recursos significativos para ampliar sua presença digital, André Fernandes aposta em sua influência orgânica nas redes sociais. A diferença de estratégia poderá ser um fator decisivo no desenrolar da campanha.
Contexto: A rede social X (ex-Twitter) proibiu anúncios políticos no Brasil ao recusar novas regras mais rígidas impostas pelo TSE. O Google já havia implementado a mesma restrição, em vigor desde 1° de agosto. O Tik Tok também não recebe anúncios eleitorais. Instagram e Facebook, as redes da Meta, monopolizam esse mercado no Brasil.
Confira o gráfico que será atualizado toda semana: