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O Brasil como protagonista na agenda sobre desenvolvimento sustentável. Por Glaucio Gomes

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Glaucio Gomes, diretor de Desenvolvimento da Adel. Foto: Divulgação

A Assembleia Geral da ONU aconteceu agora na última quinzena de setembro. Trata-se, de fato, de um momento muito estratégico e relevante nos esforços de concertação de atores globais em torno de temas e agendas, em que avanços precisam ser feitos de forma comum. Simplesmente porque existem desafios e oportunidades que são realmente globais e que apenas podem ser abordados de forma conjunta.

A crise climática e o desenvolvimento sustentável, desafio e oportunidade, são dois desses pontos: é responsabilidade de todos, porque as consequências estão afetando e vão afetar cada vez mais a todos. Nos últimos anos, o Brasil assumiu uma posição de pária na agenda ambiental. A partir deste ano, houve um reposicionamento na política de governo do país, e que se expressou o desejo de fazer o país retomar a sua condição um tanto natural de protagonista na articulação da agenda sobre desenvolvimento sustentável. Isso é ótimo.

Mas não é suficiente. Porque governos, estruturas multilaterais e grandes espaços institucionais de governança exercem um papel importante de mobilização geral, orientação, de irradiação de valores e prioridades e de construção de políticas estruturantes. Mas são limitados no que tange à influência no dia a dia das bases sociais de forma imediata ou em curto prazo. As engrenagens de grandes movimentos institucionais giram de forma lenta. Já os movimentos sociais de base, no seio das relações da sociedade civil, são capazes de impactos e transformações bem mais ágeis – mesmo que possam ser mais pontuais e específicas. É do somatório de esforços locais e tangíveis, pelas pessoas e organizações de base, no exercício democrático de sua cidadania, que grandes mudanças começam a acontecer. Do pensar global e agir local.

Desenvolvimento sustentável precisa ser um dever do Estado, mas é responsabilidade de todos nós. Desenvolver consciência e transformar isso em novas atitudes e práticas, seja por meio da educação ou da atuação prática e técnica para preservação e recuperação dos biomas. Especialmente nos casos dos contextos ecológicos em que pessoas dependem da relação com o meio ambiente para sua subsistência e manutenção de seus modos de vida – como é o caso das milhões de famílias que convivem com a realidade do Semiárido, em um cenário de intensificação do desmatamento e avanço da desertificação, que impacta sua capacidade de produzir, de gerar renda e sua segurança hídrica e alimentar. O que aconteceu em Nova York semana passada teve sua importância e terá seus efeitos históricos. Mas sentiremos esses resultados apenas nos próximos anos. Que os atores institucionais movimentem suas engrenagens no ritmo condizente à realidade deles, de formulação de macropolíticas.

Enquanto isso, aqui no Brasil, cabe a nós, comunidade de investidores sociais e financiadores e de organizações da sociedade civil, movimentos sociais, ativistas, pesquisadores e lideranças, avançar na micropolítica para o desenvolvimento sustentável, criar nossos arranjos e intensificar nosso trabalho com as pessoas eb comunidades, na base, para gerar resultados imediatos e bastante concretos para o desenvolvimento sustentável.

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