“A compaixão indiscriminada é o disfarce mais perigoso da covardia moral.” — Roger Scruton
5 de agosto de 2025, nos Estados Unidos, o assassino Byron Lewis Black foi executado por injeção letal — e morreu reclamando de dor. “Está doendo muito”, teria sussurrado nos minutos finais, antes de perder a consciência. A sentença foi cumprida no estado do Tennessee, sem falhas técnicas, mas não sem reações emocionais.
Alguns se escandalizaram — outros tentaram transformar o episódio em bandeira de direitos humanos. Mas a verdade é simples e definitiva: não se trata de um mártir. Era um assassino condenado pela morte da namorada Angela Clay, de 29 anos, e de suas filhas Latoya, de 9, e Lakeisha, de 6. Três vidas ceifadas por ciúmes e brutalidade. Três histórias encerradas por alguém que jamais demonstrou arrependimento. A dor, nesse caso, não foi injustiça — foi justiça devolvendo à terra o que jamais deveria ter florescido.
A pena de morte, por mais polêmica que seja, cumpre sua função simbólica: lembra à sociedade que há crimes imperdoáveis. Como escreveu Hannah Arendt: “A maldade, quando veste a aparência da normalidade, é ainda mais perigosa — e imperdoável.” Black agiu em fúria. Tirou a vida de três — uma mulher e duas crianças. Por que deveria continuar a respirar?
Alguns alegam que o executor sofreu: idade avançada, doenças, marcapasso ativo. Mas o que dizer de quem mata crianças? Que se discuta o método, se preciso — mas que não se glorifique o desconforto do monstro. O Estado não matou um doente. Eliminou um predador.
Plutarco já advertia: “Poupar o lobo é condenar o cordeiro.” Hoje, essa inversão é aplaudida. Lamenta-se o sofrimento do assassino — e esquece-se o horror das vítimas. Se Byron Black sofreu, foi pouco. E foi tarde.
Vivemos um tempo em que a execução comove, e o crime é esquecido. Perguntam se a injeção doeu. Mas a pergunta certa é outra: quantos gritos silenciosos antecederam os tiros fatais? Que terror habitou os olhos de Latoya e Lakeisha diante da morte iminente? Estavam indefesas — presas no covil de uma fera que deveria estar enjaulada.
O homem que destruiu uma família inteira em 1988 já havia tentado matar o ex-marido de Angela e pai das garotas — e mesmo assim gozava de liberdade condicional. Teve mais de 37 anos para alegar o que quisesse. Teve defesas, apelações, garantias. Ainda assim, foi considerado culpado. E punido. A última palavra foi da Justiça — como deve ser.
Não há heroísmo na execução de um criminoso. Há um limite que não pode ser ultrapassado impunemente. Por isso, sem remorso, sem luto e sem lamento: Byron Black não era um doente — era um assassino. E agora, não é mais um corpo — é só lembrança obscura. Que desça em silêncio — e queime onde as almas torpes encontram repouso: no inferno.
