Com 68% de eleitores dizendo que não votariam nele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro tem a maior rejeição entre nove nomes testados pela Quaest. A rejeição ao sobrenome Bolsonaro se estende ao pai (63%) e a Michelle (61%), enquanto Lula registra 51%. Ciro Gomes mantém um índice de rejeição que limita novas tentativas de voos nacionais.
📊 O retrato da rejeição eleitoral
A nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (9), mostra que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é o nome mais rejeitado entre os pré-candidatos à Presidência em 2026. 68% dos eleitores afirmam conhecê-lo e não votariam nele de forma alguma, percentual estável em relação a setembro. O pai, Jair Bolsonaro, aparece logo atrás, com 63%, seguido de Michelle Bolsonaro, com 61%, e Ciro Gomes (PDT), com 60%.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem rejeição de 51%, em leve queda de um ponto. Entre os nomes menos rejeitados estão Ratinho Júnior (PSD), com 40%, Romeu Zema (Novo), com 34%, e Ronaldo Caiado (União Brasil), com 32% — todos com índices bem inferiores aos dos bolsonaristas.
🧭 Rejeição mais alta entre independentes
Entre os eleitores que se declaram independentes — nem lulistas, nem bolsonaristas — a rejeição ao bolsonarismo cresce ainda mais: 77% dizem não votar em Jair Bolsonaro, 74% em Eduardo e 70% em Michelle. Ciro Gomes é rejeitado por 55%, enquanto Lula por 54% nesse grupo.
📉 O peso do sobrenome Bolsonaro
A pesquisa revela que o peso do sobrenome Bolsonaro, decisivo em 2018, pode ser um fardo em 2026. Mesmo nomes da direita que não carregam essa marca, como Ratinho Júnior, Romeu Zema e Ronaldo Caiado, têm rejeição significativamente menor — reflexo de serem menos conhecidos, mas também menos associados ao desgaste do bolsonarismo.
⚖️ Cenário de segundo turno permanece favorável a Lula
Em todos os cenários testados, Lula segue à frente no segundo turno: vence Ciro por 9 pontos, Bolsonaro por 10, Tarcísio e Michelle por 12, Ratinho Júnior por 13, e Zema, Caiado e Eduardo por 15. A maior vantagem, de 23 pontos, aparece contra Eduardo Leite (PSD).
Vá mais fundo:
A rejeição recorde de Eduardo Bolsonaro sintetiza o desgaste do bolsonarismo e indica que o sobrenome que já elegeu pode agora afastar. A pesquisa expõe um fenômeno político: quanto maior a identificação com a marca Bolsonaro, maior a rejeição — especialmente entre os eleitores independentes, que decidirão a eleição. A direita fora desse eixo, por sua vez, aparece menos rejeitada, sugerindo que novos nomes podem ganhar tração se conseguirem se distanciar do legado do ex-presidente.