O fato: Pessoas pretas e pardas vivenciam mais o desemprego do que as brancas, além de receberem salários menores e trabalharem mais na informalidade. A constatação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE.
Desemprego e informalidade No quarto trimestre de 2024, a taxa de desemprego foi de 4,9% entre brancos, abaixo da média nacional (6,2%), enquanto pretos (7,5%) e pardos (7%) ficaram acima.
A desigualdade também aparece na informalidade: enquanto a taxa geral foi de 38,6%, a de pardos atingiu 43,5% e a de pretos, 41,9%. Entre brancos, foi menor: 32,6%.
Detalhes: O estudo evidencia a desigualdade estrutural no mercado de trabalho brasileiro. Além do desemprego e da informalidade mais altos, pretos e pardos também recebem salários menores. Enquanto a média nacional de rendimento foi de R$ 3.215 no período, brancos ganhavam R$ 4.153, enquanto pretos e pardos recebiam R$ 2.403 e R$ 2.485, respectivamente.
A pesquisa também mostrou que as mulheres seguem mais afetadas pelo desemprego (7,6%) e recebem menos que os homens (R$ 2.783 contra R$ 3.540).