Petrobras estuda nova plataforma para o campo de Búzios

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Tanques da Petrobras. Foto: Geraldo Falcão/Agência Petrobras)

A Petrobras iniciou estudos para a instalação de uma nova plataforma FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência) no campo de Búzios, localizado na Bacia de Santos, no pré-sal brasileiro. A iniciativa, que seria a 12ª unidade do tipo no campo, deve envolver investimentos bilionários e criar um novo hub de gás, conforme revelaram fontes à Reuters sob condição de anonimato.

Cada plataforma no campo de Búzios tem um custo médio estimado em 3,5 bilhões de dólares. A nova unidade será dedicada à produção de gás, ampliando as capacidades do campo, que já é o segundo maior produtor de petróleo e gás do Brasil, atrás apenas de Tupi. Em junho, Búzios produziu 874,8 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), dos quais 690 mil barris diários foram de petróleo, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O campo de Búzios, operado pela Petrobras, que detém 89% de participação, junto com as parceiras chinesas CNOOC e CNODC, possui atualmente cinco plataformas em operação, todas do tipo FPSO: P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso, que entrou em operação no ano passado. O atual Plano Estratégico da Petrobras prevê mais seis unidades até 2030, o que levaria a produção do campo a aproximadamente 2 milhões de barris de óleo por dia. A nova FPSO, em estudo, poderia elevar a capacidade em ao menos 150 mil boed.

O foco na produção de petróleo, em detrimento do gás, já foi alvo de críticas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que destacou o déficit de infraestrutura para o escoamento do gás no Brasil. A entrada em operação do gasoduto Rota 3, prevista para o terceiro trimestre, deve aliviar parte dessa pressão, minimizando a necessidade de reinjeção de gás nos poços, prática comum no pré-sal devido à falta de alternativas para escoamento.

Segundo uma das fontes, Búzios deve se tornar o maior campo de produção do Brasil, superando Tupi já em 2025, com a marca de 1 milhão de barris diários prevista para ser alcançada em 2026.

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