A um ano das eleições gerais, o mapa político dos Estados brasileiros se prepara para uma transformação profunda. Dos 27 governadores no cargo, apenas 9 confirmaram planos de disputar a reeleição em 2026. Em 18 unidades da Federação, o comando do Executivo mudará obrigatoriamente, abrindo caminho para novos nomes, rearranjos partidários e disputas intensas por alianças regionais. O levantamento foi feito pelo site Poder 360.
👉 Nordeste no centro do jogo – A região concentra a maior parte das tentativas de recondução: cinco governadores buscarão novo mandato. Entre eles estão Elmano de Freitas (PT, Ceará), Jerônimo Rodrigues (PT, Bahia), Raquel Lyra (PSD, Pernambuco), Rafael Fonteles (PT, Piauí) e Fábio Mitidieri (PSD, Sergipe). Ao mesmo tempo, quatro Estados nordestinos já sabem que terão novos gestores: Paulo Dantas (MDB) deixa Alagoas; Carlos Brandão (PSB), o Maranhão; João Azevedo (PSB), a Paraíba; e Fátima Bezerra (PT), o Rio Grande do Norte.
👉 Norte será o epicentro da renovação – Em seis dos sete Estados da região, a população elegerá novos governadores. O Amapá é a exceção: Clécio Luís (Solidariedade) tentará a reeleição.
👉 Os nove que tentam ficar – Além dos cinco nordestinos e de Clécio Luís, completam a lista Eduardo Riedel (PP, Mato Grosso do Sul), Jorginho Mello (PL, Santa Catarina) e Tarcísio de Freitas (Republicanos, São Paulo).
📊 Mudança de ciclo – A próxima eleição marcará um contraste com 2022, quando 18 dos 20 governadores que tentaram a reeleição foram bem-sucedidos. Agora, com dois terços dos chefes do Executivo no segundo mandato e impedidos de concorrer, o Brasil terá pelo menos 18 novos governadores a partir de 2027. A configuração lembra 2018, quando apenas 10 dos 20 que disputaram a reeleição conseguiram se manter no cargo.
⚙️ Alianças em mutação – Nos bastidores, arranjos políticos começam a se redesenhar. No Piauí, Rafael Fonteles deve trocar o atual vice, Themístocles Filho (MDB), pelo secretário de Educação, Washington Bandeira. Em Pernambuco, Raquel Lyra só definirá sua chapa em junho de 2026. Já no Maranhão, Carlos Brandão — que assumiu como vice de Flávio Dino — cumpre promessa de concluir o mandato e deve abandonar o PSB após racha interno e atritos com o vice Felipe Camarão (PT).
🧭 O que está em jogo – A eleição estadual de 2026 não se limita às disputas locais: ela moldará o equilíbrio de forças no Congresso e terá impacto direto na sucessão presidencial. O tabuleiro começa a se mexer — e, com 18 cadeiras garantidamente em aberto, a corrida pelos governos estaduais promete ser uma das mais competitivas da história recente.