Nos bastidores: A Empresa Vitória, responsável pelo transporte público de Caucaia, se manifestou publicamente acerca do impasse gerado no maior programa do Brasil de ônibus gratuito em função de pagamentos não realizados pela Prefeitura para manter o funcionamento do “Bora de Graça”.
O que diz a nota:
Em nota oficial, a empresa informou:
“A diretoria da Empresa Vitória está em processo de construção de um novo acordo com a gestão atual da Prefeitura de Caucaia para evitar a descontinuidade do programa. Uma audiência no Ministério Público está agendada para o próximo dia 10 de dezembro. A expectativa é que até lá tudo esteja solucionado, sem prejuízo para a população.”
O contexto:
- Dívida milionária: A Prefeitura acumula uma dívida superior a R$ 14 milhões com a concessionária. Diante disso, uma das alternativas da empresa é retomar a cobrança pelo transporte para que o serviço de Õnibus continue funcionando em Caucaia.
- Crise financeira: A equipe de transição do prefeito eleito Naumi Amorim aponta um rombo de mais de R$ 200 milhões deixados pela gestão de Vitor Valim, além de atrasos em pagamentos e demissões em massa.
Impacto do programa:
Criado em 2021, o “Bora de Graça” é o maior projeto de transporte público gratuito do país, beneficiando cerca de 400 mil moradores. Além de ser um importante instrumento de inclusão social, o programa ajuda a reduzir as emissões de CO₂ e o tráfego de veículos. O impacto na economia da cidae é notório: miljões economizados pelos usuários acabam sendo usado no comércio local.
O que esperar:
A audiência no MPCE será decisiva para o futuro do programa e para a estabilidade financeira do transporte público em Caucaia. Enquanto isso, a população aguarda por uma solução que preserve os benefícios conquistados nos últimos anos.
Por que importa:
O Focus Poder apurou que o custo para manter o programa é menos que 2,5% do orçamento da Prefeitura de Caucaia. O “Bora de Graça” é hoje apontado como um pilar para a mobilidade urbana e qualidade de vida em Caucaia. Seu fim seria um retrocesso social, agravando a crise financeira e política no município.