O fato: A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas fechou 2024 com 292,7 milhões de toneladas, 22,7 milhões de toneladas a menos do que em 2023 (315,4 milhões). Esta é a maior queda desde 2021, quando houve retração de 0,4%. Embora a área colhida tenha alcançado 79 milhões de hectares, um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior, a produtividade foi impactada.
Fatores climáticos: Segundo Carlos Guedes, gerente de agricultura do IBGE, as adversidades climáticas foram determinantes:
•Atrasos no plantio da soja no Centro-Oeste e Sul.
•Excesso de chuvas no Sul, com enchentes no Rio Grande do Sul afetando lavouras de arroz, soja e milho.
•Altas temperaturas e baixa pluviosidade durante a 2ª safra prejudicaram milho e trigo.
Produção por cultura e regiões:
Produtos principais:
•Soja: 144,9 milhões de toneladas (líder nacional).
•Milho: 114,7 milhões de toneladas.
•Arroz: 10,6 milhões de toneladas.
Juntos, representam 92,3% da produção nacional.
Produção regional:
•Centro-Oeste: 144,6 milhões de toneladas (49,4% do total).
•Sul: 78,3 milhões (26,8%).
•Sudeste: 25,8 milhões (8,8%).
•Nordeste: 25,8 milhões (8,8%).
•Norte: 18,2 milhões (6,2%).
Estados líderes:
1.Mato Grosso (31,4%).
2.Paraná (12,8%).
3.Rio Grande do Sul (11,8%).
4.Goiás (11,0%).
2025: O IBGE estima uma recuperação significativa para 2025, com produção de 322,6 milhões de toneladas, alta de 10,2% em comparação a 2024. A melhora está atrelada à recuperação da soja e às condições climáticas favoráveis. “Apesar do atraso inicial, os produtores utilizaram tecnologia avançada e as chuvas têm sido satisfatórias, beneficiando culturas como soja e milho”, afirmou Guedes.