Ser ou no ser ministro da Educação, eis o dilema de Camilo com Izolda

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Consta que Lula convidou Camilo Santana para comandar o Ministério da Educação (MEC). Segundo um texto originalmente publicado pelo Estadão e replicado pelo Focus, consta também que o senador eleito pelo Ceará manteve um pé atrás por ter defendido a indicação de Izolda Cela para o mesmo cargo.

Caso tenha sido isso mesmo, Camilo demonstra inteligência política. Aceitar uma vaga que tem Izolda como pretendente e, em algums momentos, foi favorita para a indicação, geraria desgastes de certa complexidade.

Certamente, Camilo entendeu o quanto foi politicamente ruim para Roberto Cláudio atropelar Izolda nas internas do PDT (Izolda foi para a votação no partido sabedora que não tinha os votos suficientes e sabedora do desgaste que cairia no colo de RC).

Segundo o texto do Estadão, Camilo não quer ser responsabilizado por tirar a vaga de uma mulher que estava praticamente certa no Ministério. E logo a mulher que desde 1997 comanda a mais virtuosa política de educação pública do Brasil.

A tarefa de Camilo Santana não é fácil. Pelo que se sabe até aqui, sua luta é para emplacar Izolda (sem partido) no MEC e emplacar a si mesmo no Ministério de Lula. No Desenvolvimento Regional, por exemplo.

O fato é que os dois têm perfil e capacidade para ocupar funções no primeiro escalão da República (já tratei disso aqui), mas é difícil visualizar as condições políticas para tal.

No texto do Estadão, há a sugestão de uma saída: Camilo poderia aceitar o MEC “e levar Izolda para ser secretária da Educação Básica, considerado o segundo cargo mais importante em um cenário de déficit de aprendizagem no País pós-pandemia”.

Pode ser, pode ser. Izolda sairia assim do Governo do Ceará para o segundo escalão de Lula.

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