
💡 A ideia
A proposta de zerar a tarifa de ônibus nas grandes cidades brasileiras voltou a circular em Brasília. O tema tem potencial de impacto social comparável ao do Bolsa Família.
⚖️ O que diz Brasília
Fontes da área econômica avaliam que não há condições de implantar o modelo nos próximos meses, mas a tarifa zero está no radar para o programa de governo que Lula prepara para disputar a reeleição em 2026.
📊 O que está na mesa
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Lula pediu novos estudos para retomar uma proposta apresentada em 2012 por Fernando Haddad a Dilma Rousseff.
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O modelo original previa taxar a gasolina em R$ 1 por litro para financiar a gratuidade do transporte coletivo urbano.
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A lógica: quem usa carro subsidiaria o ônibus, estimulando a migração para o transporte público e reduzindo impacto ambiental.
⏳ O desafio hoje
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Preço da gasolina subiu e cenário fiscal é mais restrito.
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O transporte coletivo perdeu passageiros e enfrenta crise após a pandemia.
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Planilhas antigas não servem: será preciso refazer cálculos e atualizar dados.
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A equipe econômica vê a implantação como trabalho de médio e longo prazo, a exemplo da reforma do Imposto de Renda.
🚍 Enquanto isso, nas cidades
Sem um plano nacional pronto, prefeitos e gestores precisam manter o transporte coletivo vivo.
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Fortaleza já provou ser possível inovar, com o sistema integrado dos anos 1990 que redesenhou linhas, criou interbairros e reduziu custos.
🌟 O exemplo cearense
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Caucaia teve o maior projeto de tarifa zero do país, implantado pelo então prefeito Vitor Valim. O projeto cearense virou referênicia e sua exemplaridade foi estudada por cidades de grande porte.
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A experiência funcionou, mas foi desmontada pela gestão seguinte — um alerta sobre a importância decontinuidade e planejamento. Em artigo para o Focus Poder, o presidente da entidade que reprsenta as empresas de ônibus de Fortaleza, Dimas Barreira, defendeu o modelo da tarifa zero para o sistema coletivo.
🚦 O impacto possível
Mobilidade gratuita e de qualidade mudaria a vida de milhões de brasileiros:
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Inclusão social direta.
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Menos carros nas ruas e menos trânsito.
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Alívio no bolso de trabalhadores e estudantes.
🔎 O recado
Enquanto o governo federal redesenha planilhas, as cidades podem — e devem — agir agora para manter um transporte público minimamente estável e acessível.
➡️ Se não agirem rápido, o transporte coletivo pode entrar em colapso financeiro, com linhas cortadas, tarifas altíssimas e usuários migrando em massa para motos baratas e perigosas. Esse movimento já sobrecarrega as cidades:
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Caos urbano com congestionamentos e acidentes diários.
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Hospitais lotados de vítimas de sinistros envolvendo motocicletas — casos graves, tratamentos caros e longos, além de dramas pessoais e familiares devastadores.
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Impacto direto nos cofres públicos, que arcam com internações prolongadas e reabilitação de acidentados.
Sem ação imediata, o país corre o risco de trocar ônibus vazios por ruas entupidas de motos, mais mortes no trânsito e um custo social e econômico explosivo.