O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (16) que abriu um processo de US$ 15 bilhões contra o jornal The New York Times, quatro repórteres do veículo e a editora Penguin Random House. A ação, apresentada em um tribunal federal da Flórida, acusa os réus de difamação e calúnia, além de apontar prejuízos à reputação e aos negócios do republicano.
Artigos e livro são alvo da acusação
Na rede Truth Social, Trump chamou o NYT de “um dos piores e mais degenerados jornais da história”, alegando que a publicação teria se tornado “porta-voz do Partido Democrata Radical de Esquerda”. Segundo a defesa, os conteúdos questionados, entre eles artigos de opinião e o livro Lucky Loser: How Donald Trump Squandered His Father’s Fortune and Created the Illusion of Success, publicado pela Penguin, foram divulgados “maliciosamente, cheios de distorções e fabricações”.
Os advogados afirmam que a imagem pública de Trump foi diretamente prejudicada, afetando inclusive a Trump Media and Technology Group (TMTG), proprietária da Truth Social. O processo cita a “queda acentuada” no valor das ações da empresa como exemplo de dano financeiro causado pelas reportagens e pelo livro.
Conflitos recentes
O caso se soma a uma série de embates recentes do republicano contra veículos de comunicação. Na semana passada, ele já havia ameaçado processar o New York Times por matérias que mencionavam uma suposta carta enviada a Jeffrey Epstein, bilionário condenado por abuso de menores e morto em 2019, cujo conteúdo incluía desenhos sugestivos. Em outra frente, Trump obteve acordo com a Paramount após acusar a rede CBS de editar uma entrevista no programa 60 Minutes com a ex-vice-presidente Kamala Harris para favorecê-la na eleição de 2024.
O New York Times e a Penguin ainda não comentaram o processo.