Volume de transações por Pix registra queda sazonal em janeiro, mas mantém alta em relação ao ano anterior

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PIX. Foto: shutterstock

O fato: Entre 1º e 14 de janeiro, o Pix registrou 2,29 bilhões de transações, movimentando cerca de R$ 920 bilhões, segundo dados do Banco Central (BC). O número representa uma queda de 15,3% em relação ao mesmo período de dezembro, quando foram realizadas 2,7 bilhões de transações, com movimentação de R$ 1,12 trilhão.

Tradicionalmente, janeiro apresenta retração no volume de transações devido ao período de férias e ao impacto das compras de Natal e do pagamento do décimo terceiro salário em dezembro. No entanto, a redução deste ano foi a maior para a primeira quinzena de um mês desde a criação do Pix, em novembro de 2020.

Comparação anual e contexto de fake news: Apesar da queda mensal, o Pix mantém crescimento anual. Em janeiro de 2024, no mesmo período, haviam sido realizadas 1,75 bilhão de transações, que movimentaram R$ 659,7 bilhões. Assim, houve aumento de 30,9% no número de operações e de 39,4% no volume financeiro em relação ao ano anterior.

A redução também ocorre em meio à disseminação de fake news sobre uma suposta taxação do Pix, que levou o governo a cancelar uma instrução normativa sobre fiscalização de movimentações financeiras. Para combater os boatos, uma medida provisória será editada para reforçar o sigilo bancário, a gratuidade e a não tributação da ferramenta para pessoas físicas.

Declarações oficiais: Tanto o BC quanto o Ministério da Fazenda atribuíram a queda no volume de transações ao comportamento sazonal do início do ano. “O movimento do Pix está dentro da variação sazonal de início de ano”, informou o Banco Central.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou que a redução era esperada e destacou que o BC monitora o desempenho da ferramenta. “Em janeiro, caem as movimentações do Pix na comparação com dezembro, é sazonal. Quando você considera a sazonalidade, não tem havido problemas”, afirmou.

Medidas em defesa do Pix: Diante da onda de desinformação, o governo anunciou a edição de uma medida provisória que garantirá a gratuidade do Pix para pessoas físicas, proibirá diferenças de preço entre pagamentos feitos por Pix e dinheiro em espécie e reforçará o sigilo bancário.

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