
Um novo estudo da Allianz escancara o abismo entre gerações quando o assunto é riqueza. Os baby boomers (1946-1964) formam a geração mais rica da história e dificilmente perderão esse posto. Já os millennials (1981-1996), que cresceram ouvindo que o esforço traria prosperidade, enfrentaram crises sucessivas e ficaram para trás na corrida pelo patrimônio. Enquanto isso, a Geração Z (1997-2012), que não gosta de trabalhar, observa e espera a maior transferência de herança da história para mudar o jogo.
O que está acontecendo?
• Os boomers foram beneficiados por uma conjuntura econômica única: imóveis acessíveis, mercados financeiros em alta e crescimento econômico estável.
• Já os millennials acumularam poupança em meio à crise financeira de 2008, à pandemia e à inflação persistente, reduzindo seus retornos e capacidade de acumular riqueza.
• A Allianz criou um modelo para medir essa desigualdade e o resultado foi contundente: um boomer nascido em 1960 que poupou 10% ao ano acumulou 850% de sua renda disponível ao longo da vida. Já um millennial nascido em 1984, mesmo economizando na mesma proporção, atingirá apenas 430%.
A corrida da riqueza
A projeção da Allianz sobre o impacto geracional da poupança revela o fosso entre os boomers e seus sucessores:
• Boomers (1960): 850% da renda disponível acumulada.
• Geração X (1965-1980): 670%.
• Millennials (1984): 430%.
• Geração Z (2004): pode alcançar 766% até 2063, superando os millennials, mas ainda abaixo dos boomers.
A esperança dos netinhos
A grande aposta para reequilibrar esse jogo? A herança dos boomers.
• A consultoria Knight Frank projeta que os millennials herdarão cerca de US$ 90 trilhões nas próximas décadas.
• A Allianz vê potencial, mas alerta: essa riqueza pode ser menor do que o esperado, e o acúmulo não será mérito da geração.
• A Geração Z pode ter vantagem, aproveitando novas oportunidades econômicas e digitais para ultrapassar os millennials na corrida da riqueza.
Entre aspas
“Nenhuma geração pode igualar a acumulação de riqueza desfrutada pelos baby boomers.” — Allianz, Relatório Global de Riqueza 2024.
O que vem agora?
Os boomers seguem no topo, os millennials tentam se equilibrar e a Geração Z já faz as contas. O jogo só vira se a maior redistribuição de riqueza da história realmente acontecer — e na medida certa.