
Por Fábio Campos
fabiocampos@focuspoder.com.br
Um fato desde que a Covid explodiu no mundo: o desenrolar da pandemia no Brasil se deu na sequência dos acontecimentos da Europa e dos EUA. O que ocorria por lá necessariamente chegou ao Brasil com cerca de um mês de diferença. Portanto, considerando que essa lógica se mantém, vamos alcançar em breve um período de maior tranquilidade.
Mesmo tendo começado a vacinação com atraso e outros percalços, o Brasil caminhou bem nessa área. A nossa boa tradição de vacinação em massa, a logística eficiente e uma estrutura de saúde espalhada até pelos rincões mais pobres e distantes garantiu índices de proteção maiores que os EUA, o primeiro país a vacinar.
Pois é. Não é à toa que a Europa já começa a desmolizar suas restrições diante dos altos índices de vacinação, à natureza mais branda da variante Ômicron e ao fim do inverno no Hemisfério Norte. Foi o que a pópria OMS reconheceu nesta quinta-feira. O mesmo vale para os EUA, muito embora os índices de morte ainda sejam crescentes por lá.
“Este período de maior proteção deve ser visto como um cessar-fogo que pode nos trazer uma paz duradoura”, disse o diretor da OMS na Europa, Hans Kluge. “Este contexto, que até agora não vivemos nesta pandemia, deixa-nos a possibilidade de um longo período de tranquilidade”.
Nada de otimismo exagerado. Afinal, uma nova cepa pode atropelar as boas expectativas. É preciso manter-se em estado de alerta, vigilante e sem vacilos nas políticas de vacinação. No entanto, vários países europeus, principalmente os mai ao ocidente, já estabelecem datas para afroucar as restrições. Vejam alguns casos abaixo.
França – iniciou o fim das restrições suspendendo a diretriz do uso obrigatório de máscaras ao ar livre. Os limites de capacidade de público para salas de concerto, eventos esportivos e outros eventos também foram removidos. O trabalho remoto não é mais obrigatório e passou a ser uma recomendação
Suécia: O país anunciou a suspensão das restrições pendêmicas na próxima semana, apesar dos níveis recordes de infecções. As autoridades alegaram que, por ter um alto percentual da população imunizado com doses de reforço e altos índices de pessoas que já tiveram Covid-19, é capaz de manter as taxas de hospitalização administráveis.
Dinamarca – O país tem 83% da população vacinada e acabou com a maioria das restrições sob a alegação de que a Covid-19 deixou de ser uma “doença socialmente crítica”.
Inglaterra – Os britânicos suspenderam praticamente todas as restrições. a saber: máscaras não são mais obrigatórias em nenhum lugar, os passes de vacina não são mais necessários para nenhum local e as pessoas não são mais aconselhadas a trabalhar de casa. A única exigência legal é ficar em autoisolamento após saber por meio de um teste que se está com Covid-19.
Estados Unidos – Novos casos de coronavírus continuam caindo em todo o país. As internações também estão diminuindo. Cerca de 2.600 mortes por coronavírus estão sendo anunciadas todos os dias, o maior número desde o último inverno. Os relatórios de óbitos aumentaram cerca de 40% nas últimas duas semanas.
*Com informações do O Globo e do The New York Times







