Moro, Doria, Leite e Ciro: movimentos que podem formar a coalizão contra a direita e a esquerda

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A política é dinâmica, diz a sabedoria política do Ceará. Como diz a sabedoria política mineira, a política é como nuvem. Você olha, ela tem um formato. Olha novamente logo depois e o formato já mudou. É exatamente o que acontece agora. Fatos como a permanência de Lula da Silva e Jair Bolsonaro incólumes na liderança das pesquisas e os prazos da legislação eleitoral, mudaram o formato da nuvem política brasileira.

O próximo dia 2 de abril, o sábado, é o deadline para que os políticos decidam se continuam em suas siglas ou migram para outro partido (a famosa janela partidária). A mesma data é o prazo limite para os que têm cargos majoritários no Executivo deixem suas funções (a famosa desincompatibilização) para disputarem outros cargos nas eleições de 2022.

Nas últimas horas, a água que caiu das nuvens moveu moinhos. Primeiro, João Doria (PSDB), o apressadinho dos mandatos encurtados, desistiu de sua pretensão de candidatar-se a presidente da República. Encurralado, pretendi ficar lá no comando administrativo da república paulista, o ente federativo mais rico do Brasil.

Porém, mas porém! Horas depois, pressionado, mudou de ideia. Teve que manter o compromisso assumido com o vice Rodrigo Garcia, que se candidatará ao Governo de São Paulo. Doria manterá a candidatura presidencial? Vamos ver, vamos ver. Ele saiu ainda mais fraco do episódio.

Foi mais água no moinho que dá a dinâmica da política. Na sequência dos movimentos desastrados de Doria, Sérgio Moro anunciou a desistência “momentânea” de candidatar-se a presidente e filiar-se ao União Brasil, a nova super-sigla do País.

É o freio de arrumação da terceira via. Já havia sintomas de que algo iria acontecer quando o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou que não se filiaria ao PSD e permaneceria no PSDB. Leite, que vai deixar o cargo no sábado, parecia antever as mudanças e certamente mantém a aposta de ser o candidato a presidente imã da denominada terceira via.

Será que diante da reviravolta de Doria, Eduardo de Leite vai se manter no PSDB ou tentará se viabilizar pelo PSD? Ainda há tempo para que as nuvens mudem de formato. Sábado é o prazo limite.

Todos os movimentos sugerem que poderá se formar uma coalização partidária de centro direita para combater a direita de Bolsonaro e a esquerda de Lula.

E Ciro Gomes, do PDT? Pois é. Na verdade, não há movimentos importantes para Ciro fazer no momento. Vai jogar parado enquanto mantém acesas as conversas com outros partidos.

Já ouviram falar da proposição de uma chapa Leite-Ciro ou Ciro-Leite? Eu já. Será possível? Em política, que é um mundo à parte, tudo é possível.

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