Há sinais de que o PDT do Ceará (leia-se Ciro e Cid Gomes) vão manter o estilo de decidir a candidatura majoritária nos acréscimos do segundo tempo. Não poderia ser diferente numa eleição local com forte influência dos desdobramentos nacionais. Como sempre, há de ser ver como o quadro político se acomodará para só aí tomar uma decisão.
Sim, mas há fatos novos. É bom lembrar 2010, quando Cid e Ciro Gomes rifaram a candidatura a senador de Tasso Jereissati para apoiar as candidaturas de José Pimentel e Eunício Oliveira. Pragmatismo puro para manter o PT como aliado e garantir o apoio do então presidente Lula.
Bingo! Eis que circunstâncias quase idênticas se dão em 2022, 12 anos depois daquela eleição que marcou o fim da histórica parceria entre Ciro e Tasso. Parceria esta em parte retomada nos últimos dois anos.
Pois é. O PT novamente faz pressão, ameaça se rebelar e romper com o grupo político de Cid Gomes. Novamente, Lula é um cabo eleitoral de imenso peso no Ceará (leiam aqui artigo de Ricardo Alcântara a respeito). Pelo que hoje dizem as pesquisas, incluindo uma interna encomendada pelo PT nacional, Lula é “o cara” no Ceará (vejam aqui)
Então, para que serve antecipar uma decisão de escolha de candidato a governador no Ceará se a data limite é o início do mês de agosto? Quem precisa antecipar é a oposição.
O jogo governista vai continuar até lá. As pesquisas internas, que passam a ser praticamente semanais, vão medindo o gosto dos eleitores. As conversas de bastidores vão dando os vetores para o processo de decisão.