Encontro de Ciro com bancadas não decide nada e nome do ausente Cid paira sobre a cabeça dos presentes

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Pelo que se conseguiu apurar, foi uma reunião de pouco efeito prático, mas marcada por uma ausência que se fez presente no pensamento de todos.

A reunião de Ciro Gomes com parte das bancadas estadual e federal do Ceará, ocorrida na manhã desta segunda-feira, foi inconclusiva acerca da disputa que corrói o partido. Ou seja, decidiu que decidirá em 18 de julho, numa reunião do diretório estadual da sigla.

Houve críticas e autocríticas durante o encontro. Ciro apontou que as brigas e trocas de farpas internas, com arregimentações de forças de lado a lado, são muito prejudiciais ao desempenho da sigla na eleição, independentemente da saída a ser adotada.

Nos bastidores, coloca-se que o maior erro foi cometido pelo próprio comando do PDT, quando, em abril passado, listou quatro pré-candidaturas e as estimulou a ir para as ruas conquistar apoios. Foi como abrir a caixa de Pandora, que, na mitologia grega, é onde os deuses colocaram todas as desgraças, como a guerra e a discórdia.

Não se coloca uma governadora, que está no comando da máquina, para encenar uma rinha interna. Ainda mais exposta ao distinto público.

Na reunião, o presidente da Assembleia, Evandro Leitão, ensaiou uma autocrítica. O deputado estadual Salmito Filho também. Disseram que alguns movimentos foram inadequados e que acabaram por exacerbar a divisão no partido. São coisas que se diz em reuniões do tipo.

O mais importante: Cid Gomes foi o nome proferido em dez de cada dez falas da reunião. O hábil e laborioso articulador de todas as vitórias do grupo político que hoje está no PDT, o construtor da hegemonia alicerçada em amplas alianças, não estava presente.

Uma ausência que só aumentou o incontido desejo da maioria que estava ali de vê-lo guindado à condição de candidato a governador com a promessa pessoal de ser o último de seus mandatos. Quatro anos e nada mais. Trocaria quatro anos que restam como senador por quatro anos como governador. E com orçamento em mãos.

Para o ex-prefeito Roberto Cláudio, um  potencial puxador de votos para deputado federal, a solução Cid ainda guindaria seu irmão, Prisco, para ser efetivado senador. Para Izolda e Camilo, um nome inquestionável. Ciro fica bem na história. Para os aliados, incluindo o PT, algo muitíssimo palatável diante do históricos de alianças com Cid que vêm desde 1996, em Sobral.

 

 

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