“Quando eu estava sem a lei, eu vivia. Mas, sobrevindo o preceito, o pecado recobrou vida e eu morri. Sem a lei o pecado está morto”
Apóstolo Paulo aos Romanos (Rom 7,9)
Um feliz e estável casamento desfrutava o meu amigo. Acontece que seu apetite para o sexo ia muito mais além do leito conjugal. Costumava aos sábados desfrutar de tardes prazerosas em relacionamentos paralelos. Conseguia manobrar essas relações sem nenhum questionamento moral ou qualquer sentimento de culpa a respeito do seu comportamento.
Até que um dia a esposa o convida a fazer um encontro de casais de uma igreja. A pregação daqueles dias enfatizava a supremacia da fidelidade no matrimônio. Alertava para o grave pecado da infidelidade destacando o perigo e o castigo para quem descumpria esses supremos mandamentos da lei de Deus.
Ele que antes tinha uma vida feliz sem culpa e sem medo, agora a espada da religião o faziam se sentir o pior dos pecadores. Converteu-se e passou a lutar contra a compulsão desse pecado que agora emergia na alma. Meses se passaram até que um dia entrou em quase depressão. Ele me disse assim:
– Caminha, certa tarde de sábado sozinho em casa, uma angústia me invadiu a alma, foi quando pensei eu tirar minha vida, por sentir tanta falta daquelas escapulidas. Foi aí, nesse limite, quer decidi largar a religião e voltar a vida de antes. Hoje, estou feliz e bem sem nenhum sentimento de culpa.
Diga-me, agora caro leitor: Qual a moral dessa história?
