O fato: O índice mundial de preços de alimentos, calculado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), apresentou uma leve queda em agosto de 2024. O indicador caiu para 120,7 pontos, em comparação aos 121 pontos revisados de julho. A queda foi impulsionada por uma redução nos preços do açúcar, carne e cereais, que compensaram o aumento nos preços dos laticínios e óleos vegetais.
Impacto: O índice da FAO, que monitora as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, está agora 1,1% menor do que o valor registrado há um ano. Desde o pico alcançado em março de 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o índice recuou 24,7%, refletindo uma desaceleração no custo dos alimentos, embora alguns produtos, como laticínios, tenham registrado alta nos últimos meses.
Contexto e análise: O índice de agosto de 2024 é mais um indicativo da tendência de estabilização dos preços globais de alimentos após o período de alta acentuada que começou em 2022. No início deste ano, em fevereiro, o índice havia atingido seu nível mais baixo em três anos, marcando uma recuperação gradual após o choque nos mercados provocado pelo conflito no Leste Europeu.
Perspectiva futura: A FAO também reduziu sua previsão para a produção global de cereais em 2024. A nova estimativa indica uma produção de 2,851 bilhões de toneladas, o que representa uma queda de 2,8 milhões de toneladas em relação à previsão anterior. Segundo a FAO, a revisão reflete principalmente as condições climáticas adversas, como temperaturas elevadas e seca, que têm prejudicado as safras de grãos em países como a União Europeia, México e Ucrânia. Com isso, a produção de cereais deve ficar em níveis semelhantes aos de 2023, o que pode influenciar a volatilidade dos preços no futuro.