O fato: A construtora Moura Dubeux (MDNE3) mantém uma posição de liderança no mercado imobiliário de médio e alto padrão no Nordeste, segundo o CEO da empresa, Diego Villar. Em entrevista, ele destacou a ausência de concorrentes de fora da região e o crescimento da empresa, que obteve resultados recordes no segundo trimestre de 2024.
Contexto: Enquanto o mercado imobiliário no Sudeste é altamente competitivo, a Moura Dubeux domina a oferta de imóveis de médio e alto padrão em sete estados do Nordeste, sem enfrentar concorrência de grandes construtoras do Sul e Sudeste. Villar ressaltou a estratégia da empresa de escolher produtos mais rentáveis e sua capacidade de adaptar o tamanho dos lançamentos conforme a demanda.
Mesmo com uma redução de 36% no número de unidades lançadas entre abril e junho de 2024, as vendas contratadas cresceram 37,6%, alcançando R$ 544 milhões. Além disso, o lucro líquido no segundo trimestre foi de R$ 75 milhões, com alta de 65%, impulsionado pela margem líquida que subiu para 19,1%.
Impacto: Apesar de um aumento de 22% nos distratos, que chegaram a R$ 51,5 milhões no trimestre, as vendas líquidas superaram os R$ 490 milhões, comprovando o crescimento sustentável da empresa. Esse desempenho se refletiu no Ebitda ajustado, que avançou quase 47%, próximo a R$ 90 milhões.
O sucesso da Moura Dubeux, segundo Villar, se deve também à estabilidade econômica no Nordeste, onde a demanda por imóveis de médio e alto padrão permanece sólida, mesmo com a volatilidade dos juros. A estratégia de focar em empreendimentos de qualidade e em regiões com alta demanda tem sido o diferencial da empresa.
Perspectivas e análises: O Itaú BBA, em relatório recente, apontou a Moura Dubeux como uma das empresas mais promissoras do setor, com expectativa de lucro de R$ 240 milhões em 2024 e R$ 280 milhões em 2025. A recomendação do banco para a ação MDNE3 é de compra, com preço-alvo de R$ 20, o que representa uma valorização potencial de 36,5% em relação à cotação atual.
Um dos grandes projetos da Moura Dubeux é em Salvador, com um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 1,1 bilhão, envolvendo a revitalização de dois hotéis históricos para lançamentos residenciais e comerciais. Outro projeto de destaque está previsto para Fortaleza, com lançamento para 2025, reforçando a presença da empresa no Nordeste.
Villar ressaltou que o segmento de média e alta renda no Nordeste ainda tem uma demanda forte, permitindo à empresa manter a liderança sem a pressão dos juros altos que afeta outros setores imobiliários.
Com informações do Money Times