
O fato: Os diretórios nacionais do PL e do PT depositaram mais de R$ 217 milhões do fundo eleitoral nas contas de candidatos a prefeito nas capitais. O valor já supera o total de recursos que outros 21 dos 29 partidos brasileiros terão para gastar durante todo o processo eleitoral.
Nordeste: Na tentativa de reverter o histórico local mais favorável à esquerda, o diretório do PL doou R$ 34,8 milhões a candidatos para as principais prefeituras. Mais de um terço desse valor (R$ 13,2 milhões) está concentrado em André Fernandes (PL), na disputa pela prefeitura de Fortaleza.
Candidatos do partido em Maceió (JHC), Recife (Gilson Machado) e Aracaju (Emilia Correa) receberam entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões da legenda do ex-presidente Bolsonaro.
Já o diretório nacional do PT, que doou R$ 19,9 milhões para aliados no Nordeste, priorizou até agora repasses para candidaturas em Natal (Natália Bonavides, R$ 6,7 milhões) e também em Fortaleza (Evandro Leitão, R$ 4,3 milhões).
Outras cidades: Guilherme Boulos (PSOL) recebeu R$ 30 milhões da direção nacional do PT para a disputa em São Paulo. É o candidato que mais recebeu recursos do partido de Lula, que doou até agora R$ 82,7 milhões para suas apostas nas capitais.
Depois de Boulos, aparecem os petistas Rogério Correia, que disputa a prefeitura de Belo Horizonte, com R$ 8 milhões, e Maria do Rosário, candidata em Porto Alegre, com R$ 7 milhões.
Já o principal beneficiado pela fatia do partido de Bolsonaro no Sudeste é Alexandre Ramagem (PL), que disputa a prefeitura do Rio. Ele recebeu R$ 26 milhões do fundo eleitoral até aqui. O PL já transferiu R$ 134,3 milhões para candidatos de capitais. Além de Ramagem, o investimento tem sido pesado nas campanhas de Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo, e de Bruno Engler (PL), em Belo Horizonte, com R$ 17 milhões e R$ 15 milhões doados, respectivamente. Os dados são do sistema DivulgaCandContas.







