📉 Panorama: Desde 2012, a esquerda tem perdido gradativamente seu espaço nas capitais brasileiras. Em Fortaleza, por exemplo, o PT perdeu a Prefeitura de Fortaleza. Em 2024, partidos de esquerda e centro-esquerda estão praticamente fora do mapa das prefeituras, com apenas três representantes nas capitais: João Campos (PSB) em Recife, David Almeida (Avante) em Manaus e Evandro Leitão (PT) em Fortaleza. São cidades importantes, mas longe das necessidades para quem vai enfrentar uma dura eleição nacional em 2026. A seguir, um resumo baseado em um texto produzido pelo UOL.
Razões para a ascensão conservadora:
•A direita e o centrão avançam célere sobre o campo dito progressista, enquanto a centro-esquerda perde fôlego. Em 2012, a esquerda e a centro-esquerda somavam 14 prefeituras, mas o número foi encolhendo e hoje restam apenas três.
•A direita, que tinha apenas dois prefeitos de capitais em 2012, hoje conta com oito, reforçando sua presença nas prefeituras. Paralelamente, o centro, liderado por partidos como MDB e PSD, ampliou sua influência, elegendo dez prefeitos neste ano.
🎙️ As razões explicam:
A ascensão de uma direita antes retraída e a fragmentação da centro-esquerda ajudam a explicar o cenário:
•A direita, que até então se mantinha nos bastidores, quase envergonhada, ganhou força e protagonismo com o bolsonarismo e hoje ocupa uma posição de destaque, sobretudo mantendo uma forte hegemonia nas redes sociais e no debate público.
•A esquerda, por outro lado, ainda dependente de Lula da Silva, enfrenta dificuldades em renovar seus quadros e em se adaptar à era digital, enquanto a direita tem se destacado com narrativas consolidadas e estratégias bem-sucedidas na internet.
•O “centrão”, além disso, consolidou seu poder nos Executivos municipais, principalmente devido ao uso de emendas parlamentares, que possibilitam investimentos diretos em obras locais, gerando apoio popular.
🌐 Centrão no comando:
Os partidos de centro, como MDB e PSD, aumentaram sua força ao conquistar mais prefeituras, beneficiando-se de uma rede de articulação alimentada por emendas parlamentares. Alinhados a um pragmatismo político, essas siglas se distanciaram do extremismo, focando no apoio a projetos locais que trazem retorno imediato e fortalecem seu papel no cenário político.
📲 Comunicação: o calcanhar de Aquiles da esquerda
A falta de uma estratégia digital robusta tornou-se um ponto crítico para a esquerda, apontam os consultores entrevistados. Enquanto a direita investiu em comunicação e renovação de lideranças, a esquerda ainda se apoia em métodos tradicionais, como rádio e TV, e perde espaço nas redes sociais. Segundo analistas, a esquerda deve repensar seu modelo de comunicação e expandir sua atuação digital para competir de forma eficaz.