O fato: A Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram, nesta quarta-feira (13), um acordo para impulsionar a restauração ecológica na Amazônia Legal. O protocolo de intenções, assinado pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, prevê investimentos de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos, sendo R$ 50 milhões provenientes do Fundo Amazônia.
Objetivo: Denominado “Restaura Amazônia”, o programa visa restaurar cerca de 15 mil hectares de vegetação nativa e fortalecer iniciativas que promovem a conservação da biodiversidade e a sustentabilidade na região. As atividades de restauração ocorrerão nos estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão, especialmente no “Arco do Desmatamento” — região de maior pressão ambiental —, transformando-o no “Arco da Restauração”. A primeira seleção de projetos, por meio de edital, será aberta ainda este ano.
Atuação do Ministério do Meio Ambiente: O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) também desempenhará um papel fundamental no projeto, contribuindo com medidas para conter o desmatamento e preservar a biodiversidade. A atuação do MMA envolverá áreas de grande relevância ambiental, como terras indígenas, territórios de comunidades tradicionais e unidades de conservação.
Benefícios e impacto social: A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que a empresa apoia iniciativas que integram Soluções Baseadas na Natureza, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas e para a resiliência ambiental. “Estamos usando nossa experiência para apoiar novos projetos no bioma amazônico, gerando também transformações sociais nas comunidades locais”, afirmou.
Perspectivas: Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, reforçou a importância do Restaura Amazônia como uma forma de alavancar a economia local e combater o desmatamento: “A restauração das florestas é a maneira mais eficaz de promover a captura de carbono e de estruturar uma cadeia de geração de renda e emprego nos próprios territórios amazônicos.”
Impactos ambientais: O programa contribuirá para o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), auxiliando na preservação da biodiversidade, controle de erosão, e melhoria do microclima. Também pretende assegurar a disponibilidade de água e remover dióxido de carbono da atmosfera, além de impulsionar a economia local e atrair investimentos para a Amazônia.