Lei que proíbe uso do celular nas escolas deve ser sancionada e vai valer já no início do ano letivo 2025

COMPARTILHE A NOTÍCIA

O presidente Luis Inácio Lula da Silva deve sancionar nos próximois dias o projeto de lei (PL 4.932/2024) que proíbe o uso de celulares e outros aparelhos eletrônicos portáteis por estudantes de escolas de educação básica, abrangendo desde a educação infantil até o ensino médio, tanto das escolas públicas quanto privadas. A medida, que visa proteger a saúde mental, física e psíquica dos alunos, foi posta em prática em diversos países como Suíça, Portugal, Espanha e Austrália.

Histórico: O texto, que começou a tramitar no Congresso Nacional em 2015, teve a análise acelerada depois de ganhar apoio do Ministério da Educação e da oposição. A ideia é que a medida já esteja valendo no início do próximo ano letivo, em fevereiro.

O que diz o projeto

  • Proibição do uso de celulares durante aulas, recreios e intervalos, com abordagens diferentes em caso de situações pedagógicas ou emergenciais.
  • Os alunos poderão levar os aparelhos na mochila, mas o uso será proibido — salvo em casos específicos, como em situações envolvendo saúde ou outras emergências.
  • Obrigação das escolas de desenvolver estratégias para tratar o sofrimento psíquico relacionado ao uso excessivo de telas.

Por que a medida é importante
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), relator da proposta no Senado, destacou que a restrição ao uso de celulares pode melhorar o desempenho escolar, reduzir o bullying e fortalecer a disciplina nas escolas. Ele também enfatizou os impactos negativos do celular na atenção e interação dos estudantes.

Argumentos dos defensores

  • O senador Marcos Pontes (PL-SP) argumentou que a tecnologia pode ser útil, mas que, no contexto escolar, sua presença excessivamente prejudicada o desenvolvimento das competências sociais dos alunos.
  • O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) fez um desabafo pessoal sobre os danos causados ​​pelo uso de celulares, solicitando a volta do telefone fixo.

O que está em jogo
Com a aprovação do Senado, o projeto segue para sanção presidencial e tem como objetivo não apenas restringir o uso dos dispositivos, mas também proteger a saúde mental dos estudantes e promover um ambiente mais focado no aprendizado.

Entrelinhas
Com a aprovação do projeto de lei que proíbe o uso de celulares nas escolas de educação básica, o grande desafio agora será sua implementação efetiva nas instituições de ensino. Embora haja amplo apoio entre os professores, a adaptação prática nas salas de aula será crucial para o sucesso da iniciativa.

A visão dos professores
Manoela Lima, professora da rede estadual de São Paulo, ressalta que o uso do celular nas salas de aula “saiu do controle”. Ela aponta que os jogos e as redes sociais foram fontes de distração, prejudicando o aprendizado dos alunos. Além disso, ela menciona um problema recorrente: os pais ligando para os filhos durante o horário escolar, o que interfere ainda mais na concentração dos estudantes.

O que está no jogo
A medida busca minimizar a dispersão causada pelo uso inadequado de celulares, mas a implementação precisa ser incluída de estratégias pedagógicas que incentivam os alunos a manter o foco nas atividades educacionais.

A educação básica no Brasil
A medida impacta diretamente os níveis da educação básica, que incluem:

  • Educação infantil
  • Ensino fundamental
  • Ensino médio
  • Alfabetização
  • Promoção de conhecimento geral
  • Desenvolvimento de competências para a vida
  • Áreas como matemática, ciências da natureza, linguagens e ciências humanas.

A expectativa é que, com essa sanção, o uso de celulares seja regulamentado nas escolas, buscando uma maior concentração nos estudos e melhorando a qualidade do ambiente educacional.

COMPARTILHE A NOTÍCIA

PUBLICIDADE

Confira Também

Mauro Benevides Filho desmonta o mito da gastança e expõe o silêncio sobre os juros

Lula aciona Ciro na Justiça, que reage: “O maior dos agentes dos agiotas“

Fortaleza lidera ranking global de cidades com melhor desempenho ambiental, segundo a Oxford Economics

Operação Teia de Aranha: o incrível ataque ucraniano com drones de US$ 600 que destruiu dezenas de bombardeiros russos de milhões

Do Axios: China, IA, nova ordem mundial e o risco de apagão geopolítico dos EUA

Aeroportos de Jeri e Canoa estão na lista de novo leilão do Governo Federal

Ciro 2026: O regresso que embaralha a ordem política no Ceará e mexe peça no xadrez nacional

Frente de centro-direita: André afaga Ciro e prega união para tirar o PT do poder

O escândalo do INSS implode o roteiro da “colheita” de Lula; A ordem é replantar

Em decisão exemplar, Justiça do Ceará manda fazendeiro reflorestar área desmatada

Seu João, o homem que transformou “orgulho de ser nordestino” em legado

Ceará volta os olhos para a China e vive a expectativa da negociação de R$ 50 bi em data center no Pecém

MAIS LIDAS DO DIA

No colo da esperança. Por Angela Barros Leal

📑 Brasil na UTI: Parlamentares gastam R$ 100 milhões em reembolsos médicos

Lula prepara pacote social com foco em crédito para entregadores, reforma de casas e gás gratuito para famílias de baixa renda

Ex-assessor de Bolsonaro é preso por descumprir ordem do STF e ficará detido em batalhão militar

Arte não é luxo: é estratégia de investimento urbano e institucional; Por Paulo Mota

Lula defende mudanças no IOF e mira justiça tributária: “Quem ganha mais, paga mais”

MP amplia gratuidade na conta de luz e pode beneficiar 60 milhões de brasileiros

Aeroporto de Fortaleza retoma liderança em voos internacionais no Norte e Nordeste

🏛️ Romeu Aldigueri chama Moses de pré-candidato “natural” ao Senado pela base aliada