O fato: O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (7) que as políticas adotadas pelo governo para reduzir o valor do dólar terão reflexos nos preços em breve. A declaração foi feita em entrevista ao programa Manhã Cidade, da Rádio Cidade, de Caruaru (PE).
Câmbio e impacto nos preços: Haddad destacou que a valorização do dólar no ano passado foi impulsionada pela eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, mas ressaltou que a moeda norte-americana já começou a perder força. Segundo ele, a tendência deve contribuir para a redução dos preços dos alimentos no médio prazo.
“No final do ano passado, nós tivemos uma ocorrência que foi a eleição do Trump, nos Estados Unidos. E isso fez com que o dólar se valorizasse no mundo inteiro. Agora, se você acompanhar o que está acontecendo, o dólar tá perdendo força. Já chegou a R$ 6,30 no ano passado e hoje está na casa dos R$ 5,77. Então, isso também colabora para redução do preço dos alimentos no médio prazo”, afirmou.
O ministro não especificou as medidas em curso para conter a alta do dólar, mas garantiu que os efeitos da política cambial adotada pelo governo serão sentidos nas próximas semanas.
Produção agrícola e alívio nos preços: Haddad também mencionou a expectativa de uma safra recorde neste ano como fator que pode contribuir para reduzir a inflação dos alimentos. Segundo ele, a colheita começará em março e, aliada ao ciclo do boi, ajudará a estabilizar os preços.
“A partir de março nós vamos começar a colher essa safra, que vai ser recorde. Nós vamos colher como nunca colhemos. E tem o ciclo do boi também, que está no final. E isso tudo vai ajudar a normalizar essa situação”, disse.
Salário-mínimo e poder de compra: Outro ponto abordado pelo ministro foi a política de valorização do salário-mínimo, que, segundo ele, busca garantir o poder de compra dos trabalhadores após sete anos de congelamento nos governos anteriores.
“O salário-mínimo ficou congelado por sete anos. Mas desde que o presidente Lula assumiu, há apenas dois anos, o valor que estava R$ 1.100 foi reajustado para R$ 1.518. Obviamente que você não consegue corrigir sete anos de má administração em dois. Mas eu penso que o presidente Lula, com o compromisso que tem com as pessoas que precisam mais do Estado, já começou uma política de valorização do salário-mínimo”, afirmou.
Haddad reforçou que o governo continuará adotando medidas para melhorar o poder de compra da população.
“Vamos continuar tomando as medidas de aumentar salário-mínimo, corrigir a tabela do Imposto de Renda, melhorar o poder de compra do salário, baixar o dólar e melhorar a safra para combater os preços altos”, concluiu.