O fato: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar, ainda em junho, um novo pacote de medidas voltado para trabalhadores de aplicativo e famílias de baixa renda. A principal novidade é uma linha de crédito especial para a compra de motocicletas elétricas, voltada exclusivamente para entregadores de aplicativos — uma demanda crescente diante do avanço da mobilidade urbana sustentável e da precarização do trabalho informal.
Detalhes: A medida faz parte de um tripé de ações sociais que, segundo Lula, busca “cuidar de quem mais precisa” e reverter desigualdades estruturais. O anúncio foi antecipado durante sua participação no podcast Mano a Mano, apresentado por Mano Brown e a jornalista Semayat Oliveira, e divulgado nesta quinta-feira (19).
“Vou abrir uma linha de crédito para financiar moto elétrica para os entregadores de alimentos neste país”, afirmou Lula, sinalizando que o foco será em veículos não poluentes, o que também reforça o compromisso ambiental do governo.
Reformas residenciais: Além das motos elétricas, o governo prepara o lançamento de uma linha de crédito voltada para reformas residenciais de famílias de baixa renda. Segundo o presidente, o programa atenderá pessoas que já têm casa própria, mas precisam de apoio financeiro para realizar melhorias básicas, como a construção de um quarto ou banheiro.
“Às vezes, você tem sua casinha e você não quer uma casa nova; você quer fazer um quarto, quer fazer um banheiro novo. Então, a gente vai abrir linha de crédito para a reforma de casa”, explicou.
Gás de cozinha gratuito: A terceira frente do pacote é a inclusão do gás de cozinha gratuito na cesta básica de famílias cadastradas no CadÚnico. A ideia é ampliar o acesso ao botijão de 13 quilos, cuja diferença entre o valor de saída da Petrobras e o preço final ao consumidor foi duramente criticada por Lula:
“Um gás de cozinha sai da Petrobras a R$ 37 e chega às pessoas por R$ 140. Estamos encontrando um meio de fazer com que essas pessoas mais pobres recebam este gás de graça”, afirmou.
Conclusão: As iniciativas se somam à meta já anunciada de entregar 3 milhões de novas moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida até o fim do atual mandato, em dezembro de 2026. O pacote, quando anunciado oficialmente, deve integrar a estratégia do governo para combater a desigualdade social por meio de instrumentos de crédito subsidiado, distribuição de renda e fortalecimento da infraestrutura básica para os mais pobres.